quinta-feira, 30 de julho de 2009

Britânicos recuperam 'queijo espacial'

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O pedaço de queijo lançado à estratosfera na Grã-Bretanha

Objetivo era que o queijo subisse por 30 km na atmosfera

Um pedaço de queijo de 300 gramas, lançado por produtores de queijo britânicos à estratosfera, foi recuperado intacto nesta quarta-feira no sul da Inglaterra, a 119 km do local de lançamento.

Apelidado de "cheddar interestelar", o laticínio caiu na região da cidade de High Wycombe depois de ter sido lançado em um balão na madrugada de terça-feira de um campo perto da cidade de Pewsey.

Os fazendeiros usaram um balão com gás hélio, com seu pires acoplado a uma caixa contendo uma câmera e um aparelho de GPS. O objetivo era subir até uma altitude de 30 km.

Apesar de o cheddar ter sido encontrado intacto, a câmera quebrou e o sistema de GPS parou de funcionar logo depois do lançamento.

Homenagem

A iniciativa foi para marcar o aniversário de 40 anos do pouso do homem na Lua, comemorados semana passada.

A associação de fabricantes de queijo da região do West Country (sudoeste da Inglaterra), responsável pela jornada, afirmou que o pedaço foi encontrado em um jardim e entregue à polícia de High Wycombe na noite desta quarta-feira.

A balão que carregava o queijo estourou, o que indica que a carga atingiu uma altitude considerável na atmosfera.

O fabricante de queijos Dom Lane informou à BBC que "provavelmente, (o queijo) irá para uma caixa de vidro" no escritório da associação que representa.

Lane disse que os policiais que encontraram o queijo ajudaram muito e se divertiram com a operação.

O fabricante de queijo também informou que deu à polícia uma seleção de seus produtos para ser entregue à mulher não identificada que encontrou o queijo perdido.

"O exercício todo foi legal para divulgar o cheddar autêntico", afirmou.

Dívidas de clubes levam a adiamento do campeonato argentino

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Símbolo da Afa

A federação argentina fez propostas para ajudar os clubes

A Federação Argentina de Futebol (AFA) anunciou nesta quarta-feira o adiamento do início de todos os torneios profissionais do esporte no país, incluindo o torneio Apertura - um dos dois principais campeonatos nacionais de primeira divisão disputados todos os anos na Argentina.

A medida tem o objetivo de dar tempo a algumas equipes para que saldem dívidas que têm com jogadores.

"Ficam suspensos todos os torneios e, na terça-feira, 11 de agosto, o comitê executivo definirá se o Apertura terá início", disse Ernesto Cherquis Bialo, porta-voz da AFA.

A organização calcula que os clubes devem cerca de US$ 10,5 milhões aos jogadores.

A primeira rodada do Apertura estava prevista para o dia 14 de agosto. A AFA determinou que as dívidas sejam pagas até o dia 11.

O início

O Sindicato dos Jogadores de Futebol Argentinos (FAA) já havia reclamado do atraso no pagamento dos salários de alguns atletas e pedido a suspensão do Apertura como forma de pressionar os clubes.

O presidente da AFA, Julio Grondona, admitiu que sete clubes da primeira divisão deviam salários - incluindo Boca Juniors, River Plate, San Lorenzo, Independiente e Racing. Outros dez times da segunda divisão também estariam na mesma situação.

Grondona disse que não permitirá que equipes com contas no vermelho contratem novos jogadores.

Para aumentar a receita dos clubes, o presidente da entidade propôs aumentar a cota paga pela TV pela transmissão de jogos e regulamentar as apostas feitas pela internet.

A última proposta vem sendo criticada por analistas, que dizem que a prática pode levar à manipulação de resultados.

Todos os anos, os times da primeira divisão do futebol argentino disputam dois campeonatos nacionais, o Apertura e o Clausura.

Destilaria escocesa anuncia planos de venda de garrafa de uísque de R$ 31 mil

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Garrafa do Glenfiddich 50 anos. Foto: John Paul / Glenfiddich Destillery

Os compradores receberão um certificado e um livro junto com a garrafa

Uma destilaria na Escócia anunciou que pretende colocar no mercado um uísque single malte envelhecido 50 anos que custará 10 mil libras (R$31 mil) a garrafa.

A destilaria Glenfiddich classificou a bebida como uma “obra-prima” e afirmou que pretende disponibilizar apenas 50 garrafas do uísque para venda nos próximos dez anos.

Algumas das garrafas serão vendidas em aeroportos selecionados ao redor do mundo nos próximos meses, antes de serem comercializadas por alguns pequenos varejistas.

O uísque foi mantido em dois barris no armazém da destilaria de Bannfshire por 50 anos.

Cada uma das 50 garrafas será feita a mão e decorada em prata escocesa e seráé embalada em um saco de couro.

Além da garrafa, os compradores também receberão um livro impresso em couro com detalhes sobre a história da bebida. O livro também trará páginas em branco para que o apreciador possa fazer anotações sobre a degustação do uísque.

Segundo a destilaria, os compradores receberão um certificado assinado por cada um dos quatro artesãos da empresa.

'Perfeito'

De acordo com Peter Gordon, presidente da destilaria Glenfiddich, o uísque “não tem imperfeições”.

“Estamos felizes em esperar o tempo necessário – nesse caso 50 anos – para produzir o uísque perfeito”, disse Gordon, tataraneto do fundador da destilaria, William Grant.

Em 2006, um garrafa de um uísque considerado o mais envelhecido do mundo foi leiloada em Londres.

O Glenavon Special Liqueur Whisky supostamente teria sido engarrafado há 150 anos na destilaria Glenavon, em Bannfshire, na Escócia, e foi arrematado por 14.850 libras (cerca de R$ 46.300).

Em entrevista ao jornal escocês The Scotsman, o porta-voz da Associação Escocesa de Uísque, Campbell Evans, afirmou que a bebida de 50 anos encontrará compradores com facilidade.

“Tivemos várias garrafas antigas vindo de diversas destilarias ao longo dos anos, e elas parecem vender rapidamente”, disse Evans ao jornal.

Perfume forte leva 34 ao hospital nos EUA

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Perfume

Serviços de emergência não sabem que tipo de perfume causou problema

Trinta e quatro pessoas foram hospitalizadas e dezenas passaram mal nos Estados Unidos na quarta-feira devido ao forte cheiro de um perfume.

O perfume foi borrifado por uma mulher em um banco na cidade de Fort Worth, no Estado americano do Texas. Inicialmente, dois funcionários reclamaram de dores de cabeça e no peito.

Quando outras pessoas começaram a reclamar de dores, o banco anunciou que quem estivesse passando mal deveria deixar o prédio. Imediatamente, cerca de 150 pessoas deixaram o local.

Doze pessoas foram levadas ao hospital em ambulâncias, depois de reclamarem de tontura e falta de ar.

"Quando os dois funcionários disseram ao seu supervisor que estavam doentes, um anúncio foi feito no sistema de alto-falantes do prédio afirmando que qualquer um que estivesse sentindo esses sintomas deveria deixar o prédio", disse o porta-voz dos bombeiros, Kent Woley, a um jornal da cidade.

Os serviços de emergência inicialmente pensaram que algum gás forte estava vazando no local, mas após uma inspeção eles chegaram à conclusão que o problema era o forte perfume.

Eles não descobriram que tipo de perfume foi borrifado no banco.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Filme que custou US$ 74 ganha distribuição nacional na Grã-Bretanha

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Foto promocional do filme 'Colin'

Terror barato: filme custou meros US$ 74, o equivalente a R$ 140

Um filme de terror que custou apenas US$ 74 (cerca de R$ 140) para ser produzido vai ser exibido nacionalmente na Grã-Bretanha.

Colin, a história de um homem que é mordido por um zumbi, morre e volta como morto-vivo para comer pessoas, foi filmado com uma câmera amadora portátil por Marc Price e um grupo de amigos.

Em entrevista à BBC Brasil, Price (que além de autor do roteiro também é o diretor e produtor do filme) disse que a ideia nasceu de uma brincadeira despretensiosa entre amigos e que nem sonhava com a repercussão que o filme está tendo.

Colin foi exibido em um festival de filmes de terror no País de Gales e acabou chamando a atenção dos organizadores, que recomendaram a produção a uma agente.

Para a surpresa do diretor, o filme acabou sendo exibido no Festival Cannes e recebeu uma oferta para distribuição na Grã-Bretanha.

"O que me deixa realmente feliz é pensar que esse filme pode inspirar outros a fazerem a mesma coisa, abrindo um mundo de possibilidades para pessoas criativas”, disse.

"Hoje em dia, alguns celulares têm câmeras de alta definição, então é perfeitamente possível fazer um filme usando apenas um telefone".

Orçamento baixo

Colin foi filmado no País de Gales e na Inglaterra. A produção durou 18 meses.

Enquanto editava o filme, Marc Price, de 30 anos, trabalhava para uma empresa de entregas em Londres.

Artista gráfico sem formação específica em cinema, Price disse que aprendeu muito do que sabe sobre filmes ouvindo depoimentos de diretores em DVDs.

"Com essa incrível revolução digital, muita gente se esquece de que as velhas técnicas de cinema ainda se aplicam".

Price disse que já está trabalhando em seu próximo filme e que vai tentar manter o orçamento baixo. A produção, no entanto, certamente não vai custar os mesmos US$ 74.

Colin chega aos cinemas britânicos em outubro, para coincidir com a festa do Halloween.

A assessoria de Price informou que o filme será exibido também em São Paulo, no Festival Curta Fantástico, que será realizado em novembro.

Bordéis com sexo ilimitado a preço único causam polêmica na Alemanha

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Bordel em Berlim (foto de arquivo)

Políticos e ativistas dizem que bordéis atentam contra dignidade humana

Um novo modelo de bordel, em que clientes podem ter sexo à vontade por um único preço, está provocando protestos na Alemanha, país onde a prostituição é um negócio legalizado.

Após se tornarem populares com a recente crise econômica, esses estabelecimentos são acusados de atentar contra a dignidade humana por políticos e ativistas dos direitos humanos. Políticos conservadores querem proibir os prostíbulos.

Em uma grande operação realizada no domingo, cerca de 700 policiais inspecionaram casas do gênero em quatro cidades alemãs, prendendo 10 pessoas.

A blitz foi desencadeada por suspeitas de que os estabelecimentos empregam prostitutas estrangeiras sem permissão de trabalho e sonegam contribuição à previdência social.

Dois estabelecimentos foram fechados por apresentarem condições sanitárias precárias. Em apenas um deles a polícia encontrou um caso com indícios de prostituição forçada.

"Serviços ilimitados"

A cadeia de bordéis Pussy Club, inaugurada em junho, provocou críticas em Fellbach e Heidelberg, no sul da Alemanha, ao atrair clientes para as filiais nessas cidades com o slogan "sexo com todas as mulheres, quanto e como você quiser".

Os locais prometem “serviços ilimitados”, incluindo sexo em grupo, pelo ingresso de 70 euros (cerca de R$ 187).

A propaganda irritou o secretário de Justiça do Estado de Baden-Württemberg, Ulrich Goll. “Se levarmos o anúncio a sério, podemos concluir que há uma violação da dignidade humana das prostitutas que lá trabalham”, disse.

Entidades de direitos humanos e representantes da Igreja também criticam a oferta. Uma associação de cidadãos da região reivindica o fechamento desse tipo de prostíbulo em carta enviada a diversas autoridades, incluindo a chanceler Angela Merkel.

Justiça indica guardião para cuidar de interesses financeiros de óctuplos

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Nadya Suleman, mãe dos óctuplos

Suleman autorizou a participação dos filhos em um reality show

Um juiz na Califórnia indicou um guardião para cuidar dos interesses financeiros dos óctuplos da americana Nadia Suleman, que deu à luz aos oito bebês em janeiro.

O pedido de indicação de um guardião foi feito por um ativista dos direitos das crianças na indústria do entretenimento depois que a mãe dos óctuplos, Nadya Suleman, assinou um contrato para a participação dos filhos em um reality show.

Suleman assinou, na última semana, um contrato com uma emissora de televisão para fazer uma série de reality show sobre seus filhos. Além dos óctuplos, os outros seis filhos de Suleman – todos com menos de 9 anos de idade – também participarão do programa.

Segundo o correspondente da BBC em Los Angeles Peter Bowes, o programa televisivo não acompanhará os bebês 24 horas por dia, mas irá registrar alguns momentos importantes da vida das crianças, como aniversários e outros eventos especiais.

Ao todo, as 14 crianças ganharão cerca de US$250 mil (R$470 mil) em três anos de gravações. Do total, 15% será depositado em um fundo que poderá ser sacado quando as crianças atingirem 18 anos.

Os oito bebês de Nadya Suleman nasceram depois de uma cesariana em um hospital perto de Los Angeles no dia 26 de janeiro, nove semanas antes do tempo.

Corante que trata dano na medula produz rato azul

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Camundongo azul   foto: University of Rochester

Camundongos que receberam corante ficaram azuis

Um corante azul usado em doces ajuda a tratar ferimentos na medula espinhal, concluíram cientistas após estudos com ratos.

O tratamento - detalhado na publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences - apresenta, no entanto, pelo menos um efeito colateral: os ratos usados no estudo ficaram temporariamente azuis.

Mudanças moleculares que ocorrem nas horas que sucedem o ferimento inicial podem causar danos ainda mais sérios à medula.

Mas os pesquisadores da Universidade de Rochester, no Estado de Nova York, descobriram que esse processo pode ser interrompido ou minimizado com o uso do corante, conhecido como Azul Brilhante G (BBG, na sigla em inglês).

ATP e receptor

Em estudos anteriores, a equipe da universidade já havia demonstrado que, logo após uma lesão na medula, moléculas de substância conhecida como ATP rapidamente inundam a área do ferimento.

A ATP, ou trifosfato de adenosina, é uma fonte de energia vital para o organismo e mantém as células vivas, mas doses maciças da substância na região do ferimento matam neurônios saudáveis agravando a lesão.

No ferimento, o ATP se liga a um receptor, o P2X7, e na presença desta união que ocorre a morte dos neurônios.

O BBG age contra o P2X7, com a vantagem de poder ser administrado na forma de uma injeção padrão, longe do ferimento.

Dose Alta

Os pesquisadores esperam que um dia seu trabalho possa ajudar a diminuir os riscos de paralisia após lesões na medula.

Mas eles enfatizam que muitas pesquisas terão de ser feitas para que se chegue a um tratamento e acrescentam que esse tratamento só funcionaria se administrado logo após a lesão.

"Não temos hoje um tratamento efetivo para pacientes que sofrem uma lesão aguda na coluna", disse o pesquisador Steven Goldman.

"Nossa esperança é de que este trabalho leve a uma droga prática e segura que possa ser dada ao paciente logo após a lesão para evitar os danos secundários".

O diretor de pesquisas da ONG britânica Spinal Research, que promove estudos sobre a medula, disse que o novo estudo pode ser promissor na busca de tratamentos de proteção para os neurônios saudáveis, evitando os danos secundários que ocorrem nas horas e dias que sucedem a lesão inicial na coluna.

"O fato de que (o BBG) é um corante aprovado para uso em alimentos já parece ser um bom começo", disse Mark Bacon. "Mas as quantidades encontradas nos alimentos não nos fazem ficar azuis".

Resta saber se, em doses maciças, o BBG apresentaria ou não efeitos colaterais perigosos.