Um piloto acusado de ter começado a rezar no lugar de tomar medidas de emergência para evitar que seu avião caísse foi condenado a 10 anos de prisão por um tribunal italiano na última segunda-feira.
O tunisiano Chafik Gharby estava no comando de um avião da companhia aérea Tuninter quando a aeronave teve problemas e acabou caindo no mar na costa da Sicília, em agosto de 2005, matando 16 das 39 pessoas a bordo.
O tribunal considerou que um problema no contador de combustível foi em parte responsável pelo acidente. O piloto, no entanto, foi condenado a 10 anos de prisão por homicídio culposo, de acordo o jornal italiano La Repubblica.
Segundo os promotores, quando os motores do avião começaram a falhar, o piloto entrou em pânico, começando a rezar no lugar de tomar as medidas de emergência.
Depois disso, ele teria optado por fazer um pouso forçado no mar Mediterrâneo ao invés de tentar alcançar o aeroporto mais próximo.
Outras seis pessoas, incluindo o copiloto e o presidente da companhia aérea, foram condenadas a penas que vão de oito a 10 anos de detenção.
Os réus, no entanto, ainda podem apelar das sentenças e permanecerão em liberdade até que o processo termine.
Desastre
O bimotor da companhia Tuninter viajava da cidade italiana de Bari para a ilha de Djerba, na Tunísia, no dia 6 de agosto de 2005.
Após ficar sem combustível, a aeronave caiu no mar, a cerca de 13 km da costa da Sicília.
Dos 34 passageiros e cinco membros da tripulação, apenas 23 sobreviveram.
Muitos tiveram que nadar para se salvar, enquanto outros se agarraram a partes flutuantes da fuselagem.
A Comissão Italiana de Segurança em Voos descobriu em 2007 que o avião ficou sem combustível porque não foi completamente abastecido antes de deixar Bari.
Isto teria acontecido por causa de um problema no contador de combustível que, havia sido instalado no dia anterior.
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