quarta-feira, 10 de junho de 2009

Prostitutas indianas aprendem caratê para defesa pessoal

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Prostitutas de Calcutá (arquivo)

Governo indiano diz que país tem 3 milhões de profissionais do sexo

Um grupo de prostitutas do Estado de Tamil Nadu, no sul da Índia, começou a ter aulas de caratê como parte de um esforço de proteção contra clientes e cafetões violentos.

O grupo de 75 prostitutas se reúne todos os dias na cidade de Chennai, para treinar durante cinco horas e aprender a lutar.

De acordo com o repórter da BBC na região, Imtiaz Tyab, as prostitutas vivem à margem da sociedade indiana e têm poucos direitos legais.

"Temos que aprender caratê para nos proteger", afirmou Martha, uma das mulheres que participa das aulas, à BBC.

"O caratê também aumenta nossa força física devido aos vários exercícios que fazemos aqui", acrescentou. "Com o caratê, podemos nos proteger e também salvar outras."

ONGs

A idéia das aulas de caratê partiu das próprias mulheres. Cansadas dos abusos dos clientes e cafetões, elas foram até as ONGs locais e pediram por cursos de defesa pessoal.

AJ Hariharan, da Organização Indiana de Bem-Estar Comunitário, ajudou a organizar as aulas e diz que todas as prostitutas deveriam ter aulas de defesa.

"Esta é a primeira vez no país que o caratê é usado para proteger os direitos das profissionais do sexo de Tamil Nadu", afirma Hariharan.

"Creio que isso vai espalhar a mensagem para todo o país, para todo o mundo, de que os clientes das profissionais do sexo precisam acabar com a violência contra elas", acrescenta.

O Ministério do Desenvolvimento Feminino e Infantil da Índia diz que existem cerca de 3 milhões de profissionais do sexo no país. Mais de um terço deste número teria começado a trabalhar antes dos 18 anos.

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