O governo da Arábia Saudita vai introduzir um sistema de segurança de alta tecnologia, que inclui a construção de uma cerca de 9 mil quilômetros fechando as fronteiras do país.
O projeto será tocado nos próximos cinco anos pelo consórcio europeu de defesa e segurança EADS, que diz ter assinado um contrato no valor de quase US$ 3 bilhões (cerca de R$ 6 bi) com o país.
O sistema de segurança deve contar com radares de alta tecnologia, sensores eletrônicos e aviões de reconhecimento.
O objetivo do projeto é evitar a entrada de militantes extremistas e o contrabando na fronteira.
Segundo o analista da BBC para o Oriente Médio Magdi Abdelhadi, o governo saudita já vinha planejando construir uma cerca eletrônica na fronteira com o Iraque há alguns anos, com o objetivo de impedir a entrada de militantes do país vizinho.
Mas os planos revelados na terça-feira mostram um projeto bem mais ambicioso, que envolve o monitoramento de todas as fronteiras do país, inclusive suas águas territoriais e espaço aéreo.
O contrabando de armas e drogas na fronteira preocupa as autoridades sauditas há anos, principalmente na fronteira com o Iêmen.
Com o fortalecimento da rede Al Qaeda nos últimos anos, o governo saudita acredita que a maior parte das armas usadas por militantes dentro do país vêm do Iêmen, terra ancestral de Osama bin Laden e onde seus simpatizantes teriam estabelecido um reduto.
As autoridades sauditas também se preocupam com a volatilidade do Iraque, apesar de uma queda nos níveis de violência do país vizinho.
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