sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Não vi ninguém, diz acusado de matar jovem com jet ski

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O empresário Airton Santos de Souza, 31 anos, acusado de atropelar e matar com um jet ski a estudante Bruna Procopio da Costa, 13 anos, no último domingo, disse nesta quinta-feira que não viu a jovem no momento do acidente. "Na hora, eu vinha com o jet ski e não vi ninguém na minha frente", afirmou o acusado.

De acordo com a investigação, Souza fugiu da lagoa Brasil 500 após o acidente. O aposentado Jurandir Pereira da Costa, 54 anos, padrasto da menina, também foi atingido pelo equipamento, porém sem gravidade. A estudante foi sepultada na tarde de segunda-feira no cemitério Municipal de Sumaré, cidade onde morava. O jet ski foi apreendido e deve passar por pericia.

Nesta quinta, a polícia reuniu testemunhas e o acusado no local do acidente. Dois soldados do Corpo de Bombeiros fizeram as medições do ponto onde ocorreu o atropelamento, a partir de informações de pessoas que afirmaram ter visto o condutor do equipamento atropelar a estudante.

Segundo Souza, ele se retirou do local após o acidente pois temia ser linchado pelas pessoas que estavam na lagoa. "Foi formando uma rodinha em minha direção. Minha mulher e minhas duas filhas, de 4 e 9 anos, estavam aqui comigo e viram tudo. Vocês acham que eu queria fazer de propósito?", disse.

"Nós queremos justiça", afirmou o padrasto da garota. Segundo seu relato, o jet ski se chocou contra a menina, que estava em seus braços a menos de 10 m da margem da lagoa.

O advogado Elton André Puche Capeletto, representante da família da menina, disse que está acompanhando o inquérito da policia e só depois vai analisar como pretende entrar na Justiça com pedido de indenização. "A principio vemos que há responsabilidades inclusive da Prefeitura de Paulínia, que mantém este local aberto com risco para qualquer pessoa".

Duas placas da Defesa Civil, a cerca de 100 m da lagoa, alertam que é proibido acessar o local. A assessoria da prefeitura informou que deve colocar uma cerca ou muro para impedir a entrada de pessoas nas proximidades.

Para o delegado Luis Antonio Correia a reunião dos envolvidos servirá para apurar com mais detalhes as circunstâncias do acidente. "Temos que verificar se ele estava usando o jet ski com segurança ou não".

O delegado falou que deve concluir o inquérito nas próximas duas semanas, logo após saírem os resultados solicitados à perícia. Cerca de dez pessoas deverão ser ouvidas pela policia.

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