Prova para oficial de justiça, que foi realizada no último domingo, teve 200 mil inscritos para concorrer a 500 vagas
Um homem foi preso no último domingo (11) tentando fraudar o concurso para oficial de justiça do Estado de São Paulo. Identificado como R.M.M, de 38 anos, ele usava um aparelho de escuta com fone de ouvido sem fio ligado a um celular durante a prova, informa a Secretaria Estadual da Segurança Pública de SP.
A prisão foi feita por policiais civis disfarçados de fiscais do exame. O homem foi o último a entregar o caderno de questões no prédio de uma faculdade na Vila Maria (zona norte de São Paulo), onde o concurso era realizado. Os policiais, que estavam na sala onde a prova era aplicada, abordaram R.M.M. após o término do teste.
Ele confessou que usava o equipamento para obter resultados da prova e que o esquema de fraude custaria R$ 5.000, caso ele fosse aprovado. O homem disse ter pago adiantamento de R$ 300 pelo aparelho.
Preso com esparadrapos
O equipamento consistia em um celular preso ao corpo do homem com esparadrapos e fiação para um receptor, além de fones de ouvido sem fio. O aparelho atendia automaticamente ligações de quem transmitia as respostas para R.M.M.
O aparelho, o caderno de questões e o recibo de pagamento da taxa de inscrição foram apreendidos pelos policiais, que fazem parte do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos)
O homem já havia sido identificado previamente por registro fotográfico. Ele foi indiciado por estelionato.
No total, 200 mil pessoas se inscreveram para concorrer a 500 vagas no concurso de oficial de justiça, que exigia formação de nível médio. O salário para as vagas chegava a R$ 3.150.
A prova foi elaborada pela Fundação Vunesp. Procurada, a fundação disse que não iria se manifestar sobre o caso.
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