sábado, 3 de outubro de 2009

Vencemos. E agora? Até 2016, há muito a ser feito pelo Rio de Janeiro

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Além das instalações olímpicas, toda a infra-estrutura da cidade deve passar por modernização

O Rio de Janeiro é a sede olímpica de 2016 e o governo federal está disposto a investir R$ 25,6 bilhões para que o mundo realmente veja o que o presidente Lula garantiu: "Sim, nós podemos". Ele mesmo já determinou que será preciso começar a trabalhar "a partir de amanhã", porque ao seu sentimento de alegria se mistura o de preocupação. A vitória, falou o presidente Lula, significa "uma grande responsabilidade".

Até 2016, 33 instalações esportivas prometidas terão de estar prontas, além de hotéis levantados para completar o número de quartos exigidos pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) para os turistas.

Mais que isso: aeroportos e telecomunicações precisarão estar em nível acima do que se tem hoje; o transporte, apresentar mais agilidade; a baía da Guanabara, despoluída. E, talvez o mais difícil de tudo: a área de segurança pública terá de agir para manter o crime sob controle.

Com todas as melhorias e avanços que uma olimpíada podem trazer para o Brasil, o Ministério do Esporte tem um estudo de impacto econômico, onde se prevê que um investimento de R$ 25,6 bilhões (US$ 14,4 bilhões) resultará em movimentação econômica em torno de R$ 90,9 bilhões (US$ 51,1 bilhões) no país. Haverá um efeito multiplicador em vários setores da economia. A previsão é para até 2027, porque o período de dez anos será suficiente para que a cena econômica esteja consolidada após a realização de um mega-evento como a Olimpíada.

Os setores com maior movimentação serão construção civil (aumento de 10,5%), serviços imobiliários (6,3%), prestação de serviços a empresas (5,7%), petróleo e gás (5,1%), informação (5%) e transporte, armazenagem e correio (4,8%). Vale lembrar que também a população do Rio de Janeiro, hoje em torno de 6,1 milhões de pessoas, em 2016 terá aumentado em 3%, e se beneficiaria de 120 mil vagas em empregos criadas entre este ano e 2016, mais outras 130 mil entre 2017 e 2027.

Agora, passada a euforia da eleição, atletas como o velejador Torben Grael, o maior medalhista da história do esporte em olimpíadas, já definiam: inicia-se uma nova etapa de trabalho, que não pode ser voltada apenas para o plano esportivo, mas para várias áreas sociais. Com relação ao esporte, o país tem a grande chance de efetivar mudanças em sua política esportiva do país, começando pela formação de atletas.

Com relação ao de mais imediato e concreto, Agostinho Guerreiro, presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro disse ainda nesta sexta-feira (2) ao R7 que "vários problemas deixados por más administrações podem interferir no sucesso da Olimpíada".

Por isso, alertou sobre a necessidade de urgência nas decisões sobre áreas de infraestrutura e transporte. Ele cita desde combate a enchentes e funcionamento de estações de esgoto até inspeções na parte elétrica da cidade e de todo o sistema de fiação para que não haja panes elétricas.


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