quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Agência dos EUA usa Twitter para monitorar terremotos

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Terremoto em Sumatra em outubro

Após terremotos, tráfego no Twitter tem picos

A Agência de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) passou a usar o site Twitter para obter a reação de pessoas em áreas afetadas por terremotos.

O órgão científico ligado ao governo americano analisa mensagens deixadas pelos usuários para descobrir o que eles sentiram durante um tremor específico.

O Twitter normalmente registra um pico de tráfego logo após um tremor, e o USGS acredita que as informações trocadas pelos internautas podem ajudar os serviços de emergência a determinar a gravidade dos incidentes.

No entanto, o centro ressalta que a ferramenta no site seria apenas um suplemento para os atuais sistemas científicos que determinam os efeitos dos abalos.

Velocidade

"É uma questão de velocidade contra precisão", descreveu Paul Earle, do USGS, à BBC. "As mensagens do Twitter começam a chegar segundos depois de um terremoto, enquanto, dependendo da região, informações científicas podem demorar de dois a 20 minutos."

A entidade lista como exemplo algumas mensagens trocadas no site após um tremor de 5,1 graus na escala Richter no litoral da Nova Zelândia, no início de dezembro:

"Moradores de Wellington: O que aconteceu agora foi um terremoto ou apenas um caminhão gigante passando em frente ao meu prédio?"

"Foi um grande terremoto. O espelho do banheiro balançou e o chão se mexeu. Que medo!"

Segundo Michelle Guy, uma das engenheiras trabalhando no projeto, a equipe aplica um filtro que procura 24 horas por dia pelas palavras "terremoto" ou "tremor".

O USGS coleta, codifica e armazena as mensagens.

A agência, contudo, reconhece que pode haver muita "interferência" nessa coleta de dados, pois o filtro captura mensagens com as palavras em outro contexto.

"Por causa disso, não acreditamos que o sistema poderá ser usado para iniciar uma resposta a um grande evento, como por exemplo, fechar uma usina nuclear. Mas ele poderá nos chamar a atenção para uma região onde não haja uma rede de instrumentos sísmicos muito densa", afirmou Paul Earle.

O projeto foi apresentado em um encontro da União Geofísica Americana, em San Francisco.

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