domingo, 10 de janeiro de 2010

EUA perdem mais 85 mil postos de trabalho em dezembro

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Fechamento de vagas de trabalho nos EUA surpreendeu analistas

Mesmo com o corte inesperado de 85 mil postos de trabalho em dezembro, a taxa de desemprego nos Estados Unidos se manteve em 10%, de acordo com os números do Departamento de Trabalho americano divulgados nesta sexta-feira.

O número de cortes, no entanto, surpreendeu os analistas, principalmente após a revisão das estatísticas de novembro – inicialmente, tinham sido estimados 11 mil cortes, mas o órgão americano agora diz que, na realidade, foram criados 4 mil postos.

"Não pensei que fôssemos ver alguma coisa assim até fevereiro. Pensei que fôssemos ter mais contratos temporários, e os outros indicadores de empregos também pareciam bastante positivos", afirmou o analista Dan Cook, da IG Markets.

Desde o início da recessão americana, em 2007, 7,2 milhões de postos de trabalho foram extinguidos nos Estados Unidos.

Só em 2009, o mercado de trabalho perdeu 4,2 milhões de posições.

Setores afetados

O grosso das demissões no mês passado foi registrado no setor de construção civil, com 53 mil postos perdidos. Na indústria, houve outros 27 mil cortes.

No entanto, os setores de serviços profissionais e empresariais criaram 50 mil novos empregos.

Bruce McCain, estrategista-chefe de investimentos no Key Private Bank, afirmou que os dados mais recentes indicam que a volta do mercado de trabalho aos seus níveis normais vai levar algum tempo.

"Para a economia como um todo, acho que os números do desemprego se encaixam na imagem de que estamos assistindo a uma recuperação vacilante", disse McCain.

O nível de desemprego nos Estados Unidos é o mais alto das últimas duas décadas e vem sendo considerado um dos desafios mais difíceis do presidente Barack Obama.

Obama afirmou que incentivar o mercado de trabalho é a melhor maneira de enfrentar o imenso déficit americano, que ultrapassa US$ 1 trilhão.

Em dezembro, Obama apresentou um plano de empregos que inclui uma proposta de encerrar o Programa de Alívio para Ativos Problemáticos (Tarp, na sigla em inglês), um fundo de US$ 700 bilhões criado no final do governo de George W. Bush.

Com o fim do Tarp, o dinheiro restante seria usado para conceder empréstimos a pequenas empresas.

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