quarta-feira, 31 de março de 2010

IPI reduzido: 14% dos brasileiros aproveitaram o benefício para comprar

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SÃO PAULO – O IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido estimulou o consumo e aqueceu diversos setores da economia desde quando foi anunciado. De acordo com pesquisa da Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Rio de Janeiro), cerca de 14% dos brasileiros aproveitaram o incentivo fiscal para comprar algum produto beneficiado. O percentual equivale a 20 milhões de pessoas.

“O número pode parecer pequeno, mas mostra que o incentivo criou uma oportunidade de negócio e estimulou o brasileiro a ir às compras”, comentou, por meio de nota, o coordenador de Economia e Pesquisa da Fecomércio-RJ, João Carlos Gomes. Segundo ele, a redução, aliada à recuperação econômica do país, contribuiu para que o comércio registrasse números positivos nas vendas.

Segundo o levantamento, dos que aproveitaram o imposto menor, 19% pertencem às classes A e B. Dos que pertencem à classe C, 16% aproveitaram o IPI menor para realizar compras. No segmento menos abastado da população (classes D e E), 8% fizeram o mesmo.

Consumo
De acordo com o levantamento, dos produtos beneficiados com a alíquota menor do imposto, os brasileiros consumiram mais materiais de construção civil e itens da linha branca.

A pesquisa mostra que 20% aproveitaram o incentivo para comprar materiais de construção. O mesmo percentual foi verificado para o consumo de móveis e geladeira. Outros 16% aproveitaram o imposto menor para comprar fogão, ao passo que 12% escolheram a máquina de lavar.

O carro foi alvo de 15% dos consumidores que aproveitaram o benefício fiscal. A redução do IPI para os carros termina na próxima quarta-feira (31). E dará início ao encerramento das reduções concedidas para outros produtos, como móveis e materiais de construção.

Considerando os segmentos da população, os que mais aproveitaram a queda da alíquota para comprar um carro estão nas classes mais abastadas: 49% dos que aproveitaram o incentivo compraram o produto.

Já os materiais de construção foram o alvo dos consumidores da classe C (26%). Os consumidores das classes menos abastadas (D e E), por outro lado, aproveitaram o incentivo para comprar uma geladeira (36%).

Anatel: quase 37% das reclamações são referentes a problemas de cobrança

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SÃO PAULO - Entre as reclamações contra operadoras de telefonia móvel registradas na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em fevereiro deste ano, 36,8% eram referentes a problemas de cobrança. Elas somaram 18.700 mil do total de 50,8 mil queixas.

Dados da agência mostram ainda que o segundo tipo de reclamação mais comum foi a relacionada ao atendimento: 6.405 mil reclamações ou 12,6% do total. Já as classificadas como serviços adicionais somaram 4.814 (9,47%) e problemas com cancelamento tiveram 2.795 reclamações (5,5%).

Telefonia fixa e TV e internet
Dos protestos feitos contra operadoras de telefonia fixa, que somaram 37.732, 29,82% ou 11.255, referiam-se à reparo. Com relação às reclamações contra operadoras de TV por assinatura, 33,92% delas eram sobre cobranças, de um total de 5.376 queixas.

Apenas nos serviços de comunicação multimídia ( banda larga e serviços de VoIP), a cobrança ficou em terceiro lugar (16,45%) em reclamações. A maioria dos problemas se referiu a reparos - 47,3% das 14.606 queixas, seguidos por problemas de instalação (19,17%).

Outras reclamações
Na telefonia fixa, o problema com cobrança foi o segundo mais frequente (25,32%), seguido por atendimento (7,74%) e instalação de acessos individuais (6,83%).

Na TV por assinatura, depois da cobrança, vêm as reclamações de reparo (18,60%), atendimento (13,11%), e cancelamento (8,83%).

Empresa de telefonia deverá indenizar em R$ 500 mil por manutenção de cadastro de inadimplentes irregular

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A empresa de telefonia Brasil Telecom deverá pagar R$ 500 mil, a título de danos coletivos, por manter cadastro de inadimplentes referentes a dívidas já quitadas ou prescritas. A decisão é da Juíza Laura de Borba Maciel Fleck, da 16ª Vara Cível de Porto Alegre e cabe recurso.

A magistrada a entendeu ainda pela obrigação da ré de reparar individualmente os consumidores lesados pela prática; cabe indenização por danos morais àqueles que comprovarem a divulgação de seu nome como inadimplente ou a utilização do cadastro contra si; e indenização por dano material aos clientes que o demonstrarem. A sentença abrange todos os clientes do país.

A ação coletiva foi ajuizada pelo Ministério Público alegando prática comercial abusiva constatada após reclamação. A Brasil Telecom teria divulgado em processo judicial informações repassadas pela SERASA referentes a débito antigo do consumidor, registrado em 2002 e, portanto, prescrito.

Em defesa, a empresa defendeu estar agindo em cumprimento do dever legal. Afirmou ainda que o MP embasa sua ação em um único caso no qual não houve lesão ao cliente, pois não ocorreu sua exposição de forma pejorativa ou prejudicial.

Decisão
Para a Juíza Laura Fleck o inquérito civil apresentado demonstra a existência do cadastro com dados sobre débitos dos consumidores que não existem mais ou porque já foram pagos ou estão prescritos. Afirmou que o artigo 43 do Código de Defesa do Consumidor veda a manutenção de informações negativas de período superior a cinco anos, bem como proíbe sua divulgação.

A magistrada enfatizou que certamente não eram armazenados dados apenas de um consumidor - caso que gerou a denúncia – e, provavelmente, sua divulgação foi feita por engano. Independente da divulgação, observou, “o mais grave é a existência do cadastro e a sua utilização para concessão de análise de crédito”.

Danos morais, materiais e coletivos
Conforme a Juíza, o fato envolve danos morais puros, que dispensam a comprovação da extensão dos danos, sendo a prova restringida à comprovação da existência do ato ilícito. Entendeu que os consumidores lesados devem apenas comprovar que tiveram seu nome divulgado ou que o cadastro foi utilizado contra si para que sejam reparados conforme esta decisão.

A respeito dos danos materiais, enfatizou que não abrangem apenas lesão a bens ou a interesses patrimoniais, mas também à violação de bens personalíssimos - como o bom nome, reputação, saúde, imagem e honra – que refletem no patrimônio da vítima, gerando perda de receitas ou realização de despesas. Configura também dano material a redução de seu patrimônio futuro – dano emergente e lucros cessantes.

A comprovação dos danos bem como a fixação dos valores será realizada em liquidação de sentença.

A magistrada concluiu ainda pela ocorrência de danos coletivos, pois a prática ilícita da ré acarretou também uma ofensa difusa, uma vez que afetou bem abstrato “ordem econômica”, gerando intraquilidade e sentimento de desapreço nos consumidores em geral, “expostos às suas práticas abusivas”. Fixou a reparação em R$ 500 mil a serem revertidos ao Fundo de Reconstituição dos Bens Lesados.

Ré deverá publicar decisão em jornais de grande circulação
A Juíza determinou ainda que a Brasil Telecom está impedida de divulgar ou de utilizar para análise de credito ou contratações suas quaisquer informações de débitos de clientes em discordância com o CDC. Cabe pagamento de multa de R$ 10 mil para cada descumprimento.

A empresa de telefonia deverá ainda recolher esses dados que estejam disponibilizados em qualquer meio no prazo de 45 dias, a contar a partir da publicação da sentença – se não for apresentado recurso -, sob pena de multa de R$ 1 mil por cada descumprimento.

Ainda, a magistrada determinou que a ré publique em cinco jornais de grande circulação estadual, às suas custas, em dois dias intercalados, sem exclusão do domingo, a parte dispositiva desta sentença condenatória. O anúncio deverá estar em tamanho mínimo de 20cm x 20cm, em uma das dez primeiras páginas do jornal. “Tal provimento, além de informar aos consumidores a possibilidade de habilitação para reparação de danos, visa a equilibrar as relações entre a ré e a sociedade de consumo, às quais foram lesadas”, ressaltou a magistrada.

Cabe recurso da decisão.

Falta de iluminação e sinalização na nova marginal confundem motoristas e aumentam riscos de acidentes

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Reportagem do R7 flagrou barberagens no trânsito, princialmente nas áreas de transposição


Helvio Romero/AE

Foto por Helvio Romero/AE

Trecho das novas faixas da Marginal Tietê no sentido Ayrton Senna, próximo a Ponte do Limão, em São Paulo


Três dias após a inauguração da nova marginal, uma das principais obras viárias do governador José Serra, os novos acessos que interligam as três pistas da via confundiam quem passava pelo local. A falta de iluminação e sinalização, aliada à imprudência de alguns motoristas, fez com que a reportagem do R7 presenciasse barbeiragens e pessoas irritadas por ainda não entender a nova configuração da via.

Na prática, a dificuldade de compreender melhor a interligação das pistas causa transtornos, demanda paciência e faz com motoristas encontrem meios absurdos para se safar do trânsito.

No trecho que vai da ponte das Bandeiras até a ponte da Vila Guilherme, sentido Ayrton Senna, a reportagem do R7 flagrou dois motoristas que tentavam voltar de ré pelo acesso que interliga a via expressa a local sem se preocupar com o funcionário da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), que estava em cima da ponte das Bandeiras.

Logo à frente, passageiros de um micro-ônibus tentavam tirar cones das obras para sair da pista central para a local, já que neste trecho não é possível fazer esta transição. Questionado pela reportagem do R7, o motorista, que não quis se identificar, justificou a ação dizendo que “as entradas estão difíceis de entender”. E completou:

- Não tem entrada mais para frente. Como eu faço?

Em outros trechos, o que se percebe é que, com a falta de sinalização e de iluminação na marginal Tietê, muitos motoristas acabam descobrindo os acessos para outras pistas já muito próximos ao local onde deveriam fazer a manobra. O resultado são carros que trocam de faixas de forma rápida e brusca, o que pode causar acidentes.

A situação foi presenciada, por exemplo, perto aos acessos da pista expressa para a central logo após a ponte da Freguesia do Ó, sentido Castello Branco, e depois da ponte da Vila Guilherme. Na única interligação entre as pontes das Bandeiras e da Casa Verde, o acesso fica escondido no canteiro de obras.

De acordo com o professor de engenharia de tráfego da Unicamp (Universidade de Campinas), Percival Bisca, a falta de iluminação não é o maior problema para o motorista:

- Mais sério do que isso [a iluminação] é que ainda não está implantada a iluminação definitiva. Assim, a gente corre o risco de perder um acesso e precisar dar uma volta grande.

Para o professor, o ideal seria que a obra fosse inaugurada de uma só vez, pois os trechos ainda inacabados são responsáveis por formar um “funil” na pista, criando pontos de congestionamento.

De acordo com a Dersa, a sinalização deve ser concluída até o final de abril deste ano. Já a iluminação deve ficar em ordem até o final de julho. A empresa, responsável pelas obras da Nova Marginal, informou também que os trechos inacabados serão liberadas entre outubro e dezembro deste ano.

Lentidão
Segundo dados divulgados pela CET na noite da terça-feira, a lentidão na marginal Tietê, ao longo do dia, ficou 27% abaixo da registrada no mesmo dia da semana passada. A lentidão na última semana de março caiu 21% se comparada com o índice registrado no mesmo período de 2009.

A expectativa da CET é de que as novas pistas elevem em até 35% a fluidez do trânsito na marginal Tietê. Contudo, durante a viagem do R7 realizada na terça, a velocidade esperada e prometida pela Prefeitura de São Paulo não foi totalmente comprovada.

De fato, o trânsito ia bem do início da marginal Tietê, no sentido Ayrton Senna, até a ponte do Limão. A partir daí, a situação não era muito diferente da que o paulistano já está habituado a enfrentar: do trecho entre as pontes da Casa Verde e da Vila Guilherme, a velocidade máxima alcançada pelo carro da reportagem foi de 20km/h, por volta das 18h30, e fez com que esse trajeto demorasse cerca de 1h20 para ser percorrido. O mesmo aconteceu uma hora mais tarde na pista local.

Já no sentido Castello Branco, apesar das dificuldades para encontrar os acessos que permitem a troca de pista, o mesmo trecho foi completado em menos 15 minutos.


terça-feira, 30 de março de 2010

Argentina investiga suspeita de corrupção em compra de aviões Embraer

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A polícia argentina realizou nesta segunda-feira uma operação para apreensão de computadores e documentos na sede da companhia aérea Aerolíneas Argentinas, em Buenos Aires, como parte de investigações sobre supostas irregularidades na compra de vinte aviões da empresa brasileira Embraer em maio do ano passado.

O caso começou a ser investigado em setembro, quando surgiram denúncias de superfaturamento de cerca de 10% na compra das aeronaves E-190, que custaram US$ 690 milhões (cerca de R$1,2 bi) ao todo.

A compra dos aviões pela Aerolíneas – reestatizada em 2008 - recebeu financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

A batida na sede da empresa foi autorizada pelo juiz Sérgio Torres nesta segunda-feira após novas denúncias de que teria havido pagamento de propinas para que o negócio fosse concretizado.

“Se houve superfaturamento, o que estamos investigando, não podemos descartar o pagamento de propinas. Por isso, determinamos a batida policial, porque queremos saber como foram as negociações antes do contrato”, afirmou à BBC Brasil uma fonte da Justiça ligada ao juiz.

Ainda segundo esta fonte, as investigações inicialmente se concentrarão nos atos do ex-secretário de Transportes do governo da presidente Cristina Kirchner, Ricardo Jaime, além de funcionários da secretaria e da companhia aérea. A convocação de representantes da empresa brasileira ainda está sendo avaliada.

“Será uma investigação longa e ela só está começando. Primeiro, ouviremos todos os envolvidos aqui para depois sabermos que medidas adotar”, disse a fonte.

Denúncias

As denúncias sobre o suposto pagamento de propinas na transação foram feitas à Justiça por um informante anônimo e publicadas na edição desta segunda-feira do jornal La Nación.

De acordo com as denúncias citadas na reportagem, um representante do ex-secretário de Transportes Ricardo Jaime, Manuel Vázquez, seria responsável “por cobrar comissões da Embraer pela venda dos aviões a Aerolíneas e dividi-las”.

Procurada pela BBC Brasil, a Embraer negou, por meio de sua assessoria de imprensa, irregularidades na condução da transação.

“A Embraer não comenta preços e condições comerciais constantes em seus contratos que estão protegidos por cláusulas de confidencialidade. A Embraer repudia veementemente especulações sobre a ocorrência de superfaturamento na condução de seus negócios”.

O atual secretário de Transportes da Argentina, Juan Pablo Schiavi, também descartou qualquer irregularidade.

“Quero ratificar que em uma operação país-país não há lugar para suspeitas", disse Schiavi à agência de notícias estatal Telam. Segundo ele, "os aviões foram comprados a preço de mercado".

Paleontólogos descobrem dinossauro ‘comedor de formigas’

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Xixianykus Zhangi (impressão do artista)

Paleontólogos acreditam que pequeno dinossauro era bom corredor

Um novo estudo publicado nesta segunda-feira na revista de taxonomia Zootaxa descreve uma nova espécie de dinossauros que, provavelmente, era um bom corredor e se alimentava de pequenos insetos como formigas e cupins.

Segundo o estudo de cientistas britânicos, canadenses e chineses, o dinossauro Xixianykus Zhangi foi um dos menores que existiu, com cerca de meio metro de comprimento.

Seu fóssil, encontrado na província de Henan, na China, está bastante incompleto, dizem os cientistas, mas algumas características – como o osso da coxa menor que o da perna e o pé e outras características do pélvis e da coluna - mostram que ele devia ser um bom corredor.

Ele viveu no fim do período Cretáceo – o auge do período dos dinossauros, iniciado há cerca de 145 milhões de anos - e faria parte da sub-ordem dos terópodos, que também inclui o Tiranossauro Rex e o Velociraptor.

“As proporções dos membros do Xixianykus estão entre as mais extremas já registradas em um dinossauro terópodo. Isso não nos dá uma base para estimarmos a velocidade que ele atingia, mas mostra que o Xixianykus era um corredor muito eficiente”, disse o pesquisador canadense Corwin Sullivan, um dos autores do estudo.

“Várias outras características do esqueleto reforçam esta impressão.”

Algumas dessas características também sugerem que o animal, muito provavelmente, se alimentava de pequenos insetos.

Apesar de a metade superior do fóssil não estar preservada, os “parentes próximos” do Xixianykus tinham braços curtos, porém fortes, com uma única garra na ponta, capaz de abrir buracos em troncos de árvores ou ninhos de insetos.

Os autores do estudo acreditam que a nova espécie se alimentava, provavelmente, desses pequenos insetos.

Algumas das características que ajudavam a estabilizar seu corpo enquanto corria, também o teriam suportado enquanto ele escavava.

“Pode parecer esquisito, mas (as atividades de) escavar e correr funcionam muito bem juntas”, afirma o paleontólogo britânico David Hone, co-autor do estudo.

“Alguns dos animais modernos que se alimentam de cupins viajam longas distâncias entre as colônias de suas presas, então, sendo um corredor eficiente, o Xixianykus teria conseguido seguir este padrão”, disse ele.

“Qualquer pequeno dinossauro também teria sido vulnerável a predadores, e a habilidade de escapar com rapidez caso o perigo ameaçasse seria extremamente valiosa para um animal como este.”

O estudo foi realizado com o apoio da Academia Chinesa de Ciências.

Carro raro mantido em garagem por mais de 30 anos vai a leilão na Inglaterra

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Austin 12/4 (Unique Auctions)

O modelo britânico Austin 12/4 foi fabricado em 1929.

Um veículo raro que esteve guardado na garagem por mais de 30 anos será leiloado em Lincoln, no norte da Inglaterra.

O modelo Austin 12/4, fabricado em 1929 pela montadora britânica Austin Motor Company, teve um único dono ao longo dos seus 81 anos.

Mantido na garagem desde 1978, seu motor ainda dá partida e seus pneus originais permanecem cheios quando bombeados.

Terry Woodcock, da casa de leilão onde o carro será vendido no dia 5 de abril, afirma que este é um "veículo muito raro" e que normalmente carros antigos como este são vendidos de maneira privada entre colecionadores.

O manual, a carteira de motorista do seu único motorista e uma foto preto-e-branco do veículo nos seus primeiros anos também serão vendidos.

Restauração

O carro pertenceu a Leslie Bulled. Depois da sua morte, seu filho, Roger, o tirou da garagem.

Apesar da carroceria do Austin 12/4 ter sido danificada com a passagem do tempo, espera-se que o seu novo dono possa restaurar o veículo.

"Eu nunca fui ligado a carros antigos, então apesar de saber que o carro estava lá, nós nunca pensamos em restaurá-lo, mas é algo que adoraríamos que acontecesse", disse Roger Bulled, filho do dono.

Lutador de sumô foge com caixa eletrônico na Rússia

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Caixa elerônico

Havia cerca de US$ 850 em moeda russa no caixa

Um homem arrancou um caixa eletrônico de uma loja de Moscou e fugiu com a máquina de 90 quilos nas costas, informou a polícia russa.

O suspeito – identificado como um lutador de sumô – e seu cúmplice foram presos quando dirigiam um carro com vidros escurecidos e sem placa.

O caixa eletrônico, com US$ 850 (cerca de R$ 1.500), foi encontrado no carro.

Segundo a polícia, o cúmplice tentou assumir a responsabilidade pelo roubo, afirmando que ele enganou o amigo lutador de sumô.

A polícia foi alertada sobre o incidente por uma vendedora, que afirmou que os dois entraram na loja dela no norte de Moscou às 6h00 am, hora local, e começaram a arrancar o caixa eletrônico da parede sem dizer uma palavra.

Quando ela tentou protestar, um dos suspeitos teria virado e gritado: “Fica quieta se você sabe o que é melhor para você!”.

Assustada, a vendedora esperou até que os dois saíssem para telefonar para a polícia, que enviou dois oficiais para o local, onde o carro dos suspeitos foi bloqueado.

O homem responsável por carregar o caixa eletrônico se identificou como “lutador de sumô profissional”.

“O segundo patife disse que era tudo culpa sua e deu a entender que havia enganado o amigo, dizendo que ele estava retirando seu próprio caixa-eletrônico”, informou a assessoria de imprensa da polícia de Moscou.

A polícia afirma que os dois suspeitos são de um “país vizinho”, mas estão registrados como residentes de Moscou.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Austrália apaga luz de monumentos e dá início à Hora do Planeta

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Baía de Sydney na Hora do Planeta

Austrália foi o primeiro país a marcar o evento

Alguns dos monumentos mais famosos da Austrália tiveram suas luzes apagadas neste sábado para marcar o início da Hora do Planeta, uma iniciativa mundial que tem por objetivo chamar a atenção para o aquecimento global.

A Opera House e a Harbour Bridge de Sydney, o Luna Park de Melbourne e o Parlamento em Canberra ficaram às escuras a partir das 20h30 (hora local, 6h30 em Brasília). Este é o horário em que, localmente, pessoas de todo o mundo estão sendo incentivadas a apagar as luzes de suas casas e locais de trabalho.

Segundo o jornal australiano ABC News, milhões de casas também aderiram ao "apagão" em todo o país.

Cidades em 120 países devem aderir à Hora do Planeta, criada por australianos em 2007. Na ocasião, apenas as luzes dos monumentos de Sydney foram desligadas.

Já no ano passado, cerca de 50 milhões de pessoas aderiram ao evento em todo o mundo.

Este ano, os organizadores esperam que o número aumente.

Eles contam também com a promessa de que 1,2 mil dos monumentos e pontos mais conhecidos do planeta terão as luzes apagadas - entre eles, a Torre Eiffel, em Paris, o Big Ben, em Londres, a Cidade Proibida, em Pequim, as Pirâmides do Egito e a "Strip", de Las Vegas.

A Hora do Planeta vem ganhando cada vez mais projeção com o apoio e o patrocínio de grandes empresas multinacionais.

Homem é detido suspeito de abandonar seus filhos

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Um homem suspeito de abandonar seus filhos foi detido às 22 horas deste domingo, 28, no centro de São Paulo. A Guarda Civil Municipal (GCM), avisada de um suposto abandono de menor na Rua Carlos Gomes, próximo ao Viaduto Dona Paulínia, encontrou um menino de 1 ano e 3 meses no colo do catador de papelão Diego Novaes da Silva, de 19 anos. Dentro de uma sacola, ao lado de uma caçamba de lixo, os guardas civis localizaram um bebê de dois meses, do sexo feminino.

O pai das crianças, Julio Cesar Martins, 30 anos, morador de rua, negou o abandono e disse que tinha saído apenas por um momento, para buscar a mãe dos menores. Silva confirmou a versão do pai e disse que estava tomando conta das crianças por alguns instantes. Martins foi encaminhado ao 1º DP, na Sé, e liberado após assinar um termo circunstanciado por abandono de menor. A mãe, de 17 anos, não foi localizada e as crianças foram encaminhadas ao Conselho Tutelar.

Calor e umidade provocam chuva em boa parte do País

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Em razão do forte calor e da alta umidade do ar, pancadas de chuva atingem hoje grande parte do País, segundo o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec). Nuvens carregadas vão se formar e deve chover forte no leste e norte da Bahia e outras áreas do interior do Nordeste.

Choverá forte também sobre boa parte da região Norte e, localmente, nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, inclusive nas capitais paulista e carioca. No leste do Paraná e de Santa Catarina, o dia será de sol entre nuvens e deve chover em função de uma pista de vento que transporta umidade do oceano para o continente. No centro-sul do Estado gaúcho, o dia será de sol entre poucas nuvens. As temperaturas estarão estáveis.

Furnas vai recorrer de multa determinada pela Aneel

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A Furnas Centrais Elétricas reafirmou esta tarde em nota que vai recorrer da multa de R$ 53,7 milhões que lhe foi determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O blecaute que atingiu 18 estados em 10 de novembro do ano passado teria se originado em falhas nas linhas de transmissão de Furnas que levam energia de Itaipu para o Sudeste do Brasil.

A companhia diz na nota que "rebateu tecnicamente na íntegra" o relatório da Aneel sobre o assunto. Isso teria dentro do próprio processo na Aneel, por meio do texto "Manifestação de Furnas". A empresa lembrou que, o Operador Nacional do Sistema (ONS) concluiu que o blecaute foi causado pelas condições climáticas daquele dia.

O relatório da Aneel diz que as linhas de transmissão que caíram no dia 10 de novembro têm "necessidade urgente" de "manutenção adequada, modernização do sistema de proteção, modernização ou substituição das unidades terminais remotas do sistema de supervisão e controle e reciclagem e treinamento em seu pessoal de operação".

A Aneel também cita casos específicos como os de dois circuitos que caíram no dia do blecaute, na linha Ivaiporã (PR) - Itaberá (SP). A Aneel ressalta que os para-raios para esses locais foram classificados como "suspeitos" em estudo feito pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) entre 2004 e 2006, "e não haviam sido substituídos até o dia do blecaute".
Furnas, porém, diz que "a manutenção de suas linhas de transmissão e subestações é feita de forma adequada, sendo, inclusive, referência nessa área dentro do setor elétrico".

Na nota desta tarde, Furnas diz também que "os 900 km de linhas de transmissão e as 9,5 mil torres do Sistema de Transmissão de Itaipu, que percorrem o trecho entre Paraná e São Paulo, passam anualmente por inspeção terrestre e aérea". Segundo a empresa, foram investidos mais de R$ 1,2 bilhão "em modernização, com obras de melhoria e reforço do sistema de transmissão" de 2005 a 2009.

domingo, 28 de março de 2010

Nova Marginal é aberta com trechos inacabados

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As obras custaram mais de R$ 1,3 bilhão até agora e pelo menos seis pontos têm atraso

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O governador José Serra (PSDB) inaugura neste sábado (27) a nova pista da Marginal do Tietê, embora parte da obra esteja inacabada. Há pelo menos seis trechos que não devem ficar prontos até a solenidade. Além disso, não foi colocada sinalização horizontal em trechos da via, como determina o Código de Trânsito Brasileiro, e não há iluminação, que só deve ser instalada em seis meses.

No fim da tarde de ontem, pelo menos seis trechos tinham trabalhos atrasados. No sentido da Rodovia Castelo Branco, embaixo da Ponte Cruzeiro do Sul, por exemplo, havia uma grande cratera com barro onde será feita uma pista auxiliar. As fortes chuvas de quinta-feira alagaram o local e, por volta das 17h30, funcionários ainda tentavam bombear a água.

Pouco adiante, caminhões ainda despejavam massa asfáltica sobre o buraco aberto na altura da Ponte das Bandeiras e a situação é parecida perto da Ponte da Casa Verde. Há problemas perto das Pontes Jânio Quadros e do Tatuapé, com trechos que ainda não receberam asfalto.

Dificilmente ficará pronta também a pista auxiliar na altura do Rio Tamanduateí (sentido Castelo), onde ainda há pedras, barro e escavadeiras sendo usadas.

A marcação que orienta e dá segurança também não está implementada, e a estimativa do governo estadual é finalizar as pinturas horizontais de faixas até o final de abril. As obras custaram mais de R$ 1,3 bilhão até agora.

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina que uma via só pode ser liberada com sinalização concluída. As novas pistas também ficarão às escuras. Os contratos de iluminação foram assinados no dia 17 deste mês, ao custo de R$ 53,3 milhões.

A Dersa, gerenciadora das obras, informou que o sistema de iluminação "estará sendo implantado e restaurado até a conclusão das obras", em outubro. Já a sinalização horizontal "está sendo implantada e finalizada até o fim de abril".

Conheça os escândalos mais recentes na Igreja em vários países

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A denúncia de mais um caso de abuso sexual de menores por padres da Igreja Católica - desta vez nos Estados Unidos - contribuiu para aumentar a pressão sobre o papa Bento 16.

Aqui, um resumo dos escândalos mais recentes em vários países.

ESTADOS UNIDOS

Na quinta-feira, o jornal The New York Times trouxe a notícia de que, em 1996, o cardeal Joseph Ratzinger, que veio a se tornar o papa Bento 16 em 2005, não respondeu a cartas vindas de clérigos americanos acusando um padre do Estado do Winsconsin de abusar sexualmente de menores.

O padre Lawrence Murphy, que morreu em 1998, é suspeito de ter abusado de até 200 meninos em uma escola para surdos entre 1950 e 1974.

Uma das supostas vítimas disse à BBC que o papa sabia das acusações há anos, mas não tomou nenhuma atitude.

Nas duas últimas décadas, a Igreja Católica dos Estados Unidos - principalmente a Arquidiocese de Boston - esteve envolvida em uma série de escândalos de abuso sexual infantil.

Um dos que mais chocou a população veio à tona há alguns anos, quando foi revelado que dois padres de Boston, Paul Shanley e John Geoghan, estavam envolvidos em casos de abuso nos anos 90 e foram supostamente acobertados por líderes da Igreja, que os transferiam de paróquia em paróquia.

Em 2002, o então papa João Paulo 2º convocou uma reunião de emergência com cardeais americanos, mas novos escândalos surgiram.

O arcebispo Bernard Law acabou renunciando ao posto no fim daquele ano, e, em 2003, a Arquidiocese de Boston concordou em pagar US$ 85 milhões depois de receber mais de 500 processos por abuso e omissão.

Um relatório encomendado pela Igreja em 2004 concluiu que mais de 4 mil padres americanos enfrentaram acusações de abuso sexual nos últimos 50 anos, em casos envolvendo mais de 10 mil crianças - principalmente meninos.

Em 2008, em uma visita aos Estados Unidos, Bento 16 se encontrou com vítimas dos abusos e falou "da dor e dos danos" provocados.

ALEMANHA

Desde o início de 2010, pelo menos 300 pessoas acusaram padres católicos da Alemanha de abuso sexual ou físico.

As alegações estão sendo investigadas em 18 das 27 dioceses da Igreja Católica no país natal do papa Bento 16.

Entre as acusações, está o abuso de mais de 170 crianças por padres em escolas jesuítas, além de casos dentro de um coral de meninos dirigido durante 30 anos pelo monsenhor Georg Ratzinger, irmão do papa.

Em março, o padre Peter Hullermann, que foi condenado por molestar crianças quando servia na Arquidiocese de Munique e Freising, foi suspenso de suas funções após violar uma proibição de trabalhar com menores.

No último dia 22, a diocese de Regensburg confirmou novas acusações contra quatro padres e duas freiras, em casos que teriam ocorrido nos anos 70.

O governo alemão anunciou em seguida que vai formar uma comissão de especialistas para investigar todas as acusações.

IRLANDA

No ano passado, dois documentos que examinaram acusações de pedofilia entre clérigos irlandeses relevaram a profundidade do problema no país, com casos de abuso, acobertamentos e falhas hierárquicas envolvendo milhares de vítimas durante várias décadas.

Um dos documentos mostrou que quatro arcebispos de Dublin fizeram vista grossa para casos de abuso ocorridos entre 1975 e 2004.

Quatro bispos renunciaram e toda a hierarquia da Igreja irlandesa foi convocada ao Vaticano para depor pessoalmente diante do papa Bento 16.

Em meio a isso, um novo escândalo veio à tona neste mês de março com a informação de que o chefe da Igreja Católica Irlandesa, cardeal Sean Brady, estava presente em reuniões realizadas em 1975, quando crianças fizeram um voto de silêncio sobre reclamações contra um padre pedófilo, Brendan Smyth.

Dias depois, em 20 de março, o papa Bento 16 se desculpou a vítimas de abuso sexual por clérigos da Irlanda, mas não mencionou denúncias em outros países.

HOLANDA

Ainda neste mês de março, bispos da Holanda pediram uma investigação independente diante de mais de 200 acusações de abuso sexual de crianças por padres, além de três casos ocorridos entre 1950 e 1970.

Inicialmente, as acusações envolviam a escola do mosteiro de Don Rua, no leste da Holanda.

O escândalo fez surgir dezenas de novas alegações de supostas vítimas em outras instituições do país.

ITÁLIA

Em janeiro de 2009, vários homens deficientes auditivos vieram a público para dizer que foram abusados quando eram crianças no Instituto para Surdos Antonio Provolo, na cidade de Verona, entre 1950 e 1980.

No fim do ano passado, a agência de notícias Associated Press obteve uma declaração por escrito de 67 ex-alunos da escola nomeando 24 padres e outros religiosos a quem acusavam de abuso sexual, pedofilia e castigos físicos.

A diocese de Verona disse que pretendia entrevistar as vítimas, depois de uma solicitação do Vaticano.

ÁUSTRIA

Acusações independentes de abuso sexual infantil por padres surgiram em várias regiões do país.

Após um dos escândalos, cinco padres de um mosteiro em Kremsmuesnter foram suspensos.

Em Salzburgo, o chefe de um mosteiro local renunciou ao cargo após confessar ter abusado de um menino há 40 anos, quando ele era monge.

SUÍÇA

Uma comissão formada pela Conferência dos Bispos da Suíça em 2002 vem investigando acusações de abuso envolvendo religiosos do país.

Este mês, um membro da comissão, o abade Martin Werlen, disse em uma entrevista que cerca de 60 pessoas fizeram acusações sobre casos que teriam ocorrido nos últimos 15 anos.

Um padre do cantão de Thurgau foi preso no último dia 19 sob suspeita de abuso sexual de menores.

Escândalos na Igreja 'decepcionam' cidade-natal de Bento 16

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Traunstein

Traunstein criou atrações turísticas por causa do papa

A recente série de escândalos de abuso sexual de crianças envolvendo membros da Igreja Católica em vários países do mundo e as suspeitas de que o papa Bento 16 acobertou muitos dos casos mexeram com os ânimos em um dos lugares onde o pontífice encontrava mais apoio: sua cidade-natal, Traunstein, na Alemanha.

No vilarejo de cartão-postal, localizado aos pés dos Alpes, na região da Baviera, muitos habitantes falam em "decepção".

"Estávamos orgulhosos de termos um papa alemão", disse uma moradora que passeava pela principal praça da cidade. "Mas este orgulho acabou."

Outra habitante declara: "Os escândalos de abuso foram um choque. As pessoas estão deixando a Igreja".

Traunstein, no entanto, ainda atrai visitantes por causa de seu filho mais ilustre. No centro da cidade, turistas se aglomeram para serem fotografados ao lado do busto do papa Bento 16. E um passeio turístico passa pelos locais associados a Joseph Ratzinger.

Castigos e abusos

A Alemanha é um dos países onde recentemente surgiram acusações contra padres católicos.

Até agora, foram relatados mais de 300 casos de abuso físico e sexual, que datam desde a década de 50 e envolvem clérigos de escolas católicas, mosteiros e até o famoso coral de meninos de Regensburg.

Um desses meninos era o hoje compositor Franz Wittenbrink, que foi membro do coral entre 1958 e 1967. Segundo ele, os padres tinham um sistema de "castigo semi-sexual".

"Eles escreviam em um caderno quantas surras os meninos tomavam. Se chegássemos a 20, tínhamos que ir até eles, geralmente em seus aposentos particulares", contou Wittenbrink à BBC.

"Tínhamos que abaixar a calça e apanhávamos com vara. Três dos padres usavam suas mãos para bater nas nádegas nuas."

Ainda de acordo com Wittenbrink, outros meninos eram abusados sexualmente pelo diretor da escola onde funcionava o coral.

Para ele, Joseph Ratzinger, que foi arcebispo de Munique entre o final da década de 70 e o início dos anos 80, e foi nomeado como o papa Bento 16 em 2005, "sabia do que acontecia".

"Não consigo imaginar que ele não soubesse", disse. "Acho que naquela época, a Igreja tentou varrer tudo para debaixo do tapete. Eles não queriam ninguém falando coisas ruins sobre a Igreja."

Na sexta-feira, o Vaticano negou que o papa tenha acobertado casos de abusos.

Marsans e Aerolineas Argentinas terão que indenizar passageiro por atraso de 35 horas em voo

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A agência de viagens Marsans e as Aerolíneas Argentinas foram condenadas a pagar, por danos morais, indenização de R$ 15 mil a Bruno Reis Couto por atraso de quase 35 horas em voo com destino a Bariloche durante as suas férias de 2008. O passageiro também será indenizado por ter tido a sua bagagem extraviada em Buenos Aires, ficando apenas com a roupa do corpo até a solução do problema. A decisão é do desembargador Ademir Paulo Pimentel, da 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, que majorou o valor da indenização de R$ 3,5 mil, arbitrada pelo juízo de primeiro grau, para R$ 15 mil por achá-lo mais proporcional e razoável à gravidade dos fatos.

“O dano extrapatrimonial suportado pelo apelante é evidente, porquanto em um momento que deveria ser de mera descontração e relaxamento foi obrigado a se socorrer do Judiciário para garantir o ressarcimento do prejuízo suportado. E, condenar duas empresas ao pagamento de meros R$ 3,5 mil, em razão do pacote contratado, se aproxima mais de um prêmio, do que de uma sanção pelo ilícito praticado”, afirmou o magistrado em seu voto.

Na decisão consta ainda que, segundo vários relatos, os problemas decorreram de overbooking, uma vez que teriam sido vendidos mais assentos do que os disponíveis. “A gravidade do evento não se deve apenas ao terrível atraso do vôo, mas, sobretudo, pela desorganização e descaso das rés”, frisou.

Bruno Reis Couto comprou um pacote de turismo na Marsans para Bariloche e sua viagem estava marcada para o dia 26 de julho de 2008, com saída às 10h do aeroporto do Rio e chegada às 15h05 do mesmo dia à Argentina. No entanto, o autor da ação somente conseguiu chegar ao destino pretendido com quase 35 horas de atraso, pois o voo foi remarcado várias vezes. Além desse transtorno, Bruno ainda teve a sua bagagem extraviada, uma vez que foi obrigado a fazer uma escala não programada em Buenos Aires, e só a recuperou três horas após pousar no aeroporto de Bariloche.

0265673-70.2008.8.19.0001

sábado, 27 de março de 2010

China ultrapassa EUA como maior investidor em energia limpa

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Turbinas na China

China investiu em projetos como o de Donghai Bridge, em Xangai,

A China ultrapassou os Estados Unidos em 2009 e se tornou o maior investidor em tecnologia de energias renováveis, segundo um relatório divulgado nos Estados Unidos.

Os pesquisadores do instituto americano Pew calculam que a China investiu US$ 34 bilhões (cerca de R$ 62 bilhões) em energia limpa no ano passado, quase o dobro do investimento realizado nos Estados Unidos.

O Brasil ficou em quinto lugar na lista entre os países do G20, tendo investido aproximadamente R$ 13,2 bilhões, atrás de China, EUA, Grã-Bretanha e Espanha.

O crescimento mais espetacular ocorreu na Coreia do Sul, onde a capacidade instalada cresceu 250% nos últimos cinco anos.

Globalmente, o investimento mais do que dobrou nos últimos cinco anos, afirma o Pew, que concluiu que a recente crise econômica provocou apenas uma pequena queda nesses investimentos.

“Mesmo em meio a uma recessão global, o mercado de energia limpa passou por um crescimento impressionante”, afirma Phyllis Cuttino, diretora da campanha sobre mudanças climáticas da instituição.

“Os países estão disputando a liderança”, disse ela.

“Eles sabem que o investimento em energia limpa pode renovar suas bases manufatureiras e criar oportunidades de exportação, empregos e negócios.”

Os Estados Unidos ainda mantêm uma pequena liderança na capacidade total instalada, mas se a tendência continuar em 2010, a China deverá ultrapassar o país ainda neste ano.

Diversificando

A meta do governo chinês de ter 30GW de capacidade de energia renovável instalados até 2020 está para ser cumprida em breve com o uso apenas de energia eólica (do vento), e novas metas já estão sendo estabelecidas.

“O governo tomou a decisão estratégica de que diversificar suas fontes de energia deveria ser uma prioridade nacional”, comentou Steve Sawyer, secretário-geral do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês), que não participou da análise do Pew.

“Ela é agora líder na fabricação de células fotovoltaicas (de energia solar), e são fabricadas mais turbinas eólicas na China do que em qualquer outro país.”

Mas o uso de combustíveis fósseis na China também está em rápida expansão.

Até agora, as renováveis respondem por uma pequena parcela da energia consumida na China, mas a meta do país é que 15% de sua energia venham de fontes limpas até 2020.

A energia eólica foi o setor dominante na maioria dos países que realizaram altos investimentos em energias renováveis, com exceção da Espanha, Alemanha e Itália, onde a energia solar foi a campeã de investimentos.

Já os investimentos nos Estados Unidos caíram em 40% de 2008 para 2009.

O investimento da Espanha também caiu, por causa da recessão, depois de vários anos de rápido crescimento, motivado pelo desejo de diminuir as emissões dos gases causadores do efeito estufa para atingir as metas estabelecidas no Protocolo de Kyoto.

O Pew baseou sua análise com base nos dados da Bloomberg New Energy Finance, o grupo internacional de consultoria e análise.


Ilha no Oceano Índico some com aumento do nível do mar

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Moradores da região do Golfo de Bengala observam erosão (arquivo)

Moradores da região do Golfo de Bengala observam erosão

Fotos recentes de satélite indicam que uma ilha disputada pela Índia e por Bangladesh no Oceano Índico desapareceu sob as águas.

O território, no Golfo de Bengala, era conhecido como Ilha New Moore pelos indianos e chamado de Talpatti do Sul pelos bengaleses e ficava ao sul do Rio Hariabhanga.

De acordo com cientistas da Escola de Estudos Oceanográficos da Universidade Jadavpur, de Calcutá, Índia, a região vem registrando uma elevação do nível do oceano – um dos efeitos do aquecimento global.

O local, com uma área de cerca de 10 km², nunca foi habitado de forma permanente e nunca ficou mais do que dois metros acima do nível do mar.

Sundarbans

Segundo o correspondente da BBC em Nova Déli Chris Morris, no passado a ilha foi visitada por cargueiros indianos, e a Força de Segurança da Fronteira enviou um contingente de forma temporária à ilha, devido à disputa territorial com Bangladesh.

De acordo com o professor Sugata Hazra, da Universidade de Jadavpur, quem quiser visitar a ilha agora precisará de um submarino.

O professor afirmou que seus estudos revelaram que os níveis do mar nesta região do Golfo de Bengala subiram muito mais rápido na última década do que nos 15 anos anteriores.

E, segundo o correspondente da BBC, o professor prevê que na próxima década outras ilhas da região da Sundarbans – a maior floresta de manguezal do mundo, na costa entre Índia e Bangladesh - também vão desaparecer debaixo d'água.

'Times' e 'Sunday Times' vão cobrar por acesso online

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Usuário consulta o Times Online (arquivo)

Analistas afirmam que a cobrança pelo conteúdo do Times Online é uma decisão arriscada

Os jornais britânicos The Times e Sunday Times vão começar a cobrar pelo acesso ao seu site na internet a partir de junho de acordo com a companhia proprietária dos jornais, a News International.

Os usuários terão que pagar uma libra por dia (cerca de R$ 2,66) ou então 2 libras (aproximadamente R$ 5,30) por uma semana, que dará direito a acessar os dois jornais.

Atualmente os dois jornais tem um site em conjunto, o Times Online mas, a partir de maio, cada um terá sua própria página na internet e os usuários que se registrarem poderão fazer um período de testes, de graça, antes de assinar.

De acordo com o correspondente da BBC para o setor de mídia Torin Douglas, a News International afirmou que seu novo sistema de cobrança é acessível e simples e os assinantes terão direito a novos aplicativos, além do conteúdo dos dois jornais.

James Harding, editor do The Times, disse à BBC que o jornal vai aproveitar mais vídeos, gráficos e comentários interativos, com conteúdo para telefones e outros dispositivos móveis.

Quedas

No ano passado o magnata americano da mídia Rupert Murdoch anunciou que seus jornais iriam começar a cobrar pelo conteúdo online, mas a indústria ainda está dividida a respeito destas medidas.

Com a queda nas vendas de jornais, as companhias estão buscando um novo modelo de negócios para conseguir obter algum lucro com suas páginas na internet.

Mas, com tanto conteúdo de notícias online disponível de graça, a decisão da News International é vista como uma estratégia de alto risco.

James Harding admite que é uma medida arriscada. "Mas é menos arriscado do que simplesmente jogar fora nosso jornalismo e entregar tudo de graça", disse o editor à BBC.

Ele comparou a situação da indústria de notícias com a da indústria musical há quatro anos.

"As pessoas diziam que o jogo tinha acabado para a indústria musical, pois todo mundo estava baixando (músicas) de graça. Mas agora as pessoas estão comprando de lojas online", disse.

Já a presidente-executiva da News International, Rebekah Brooks afirmou que a decisão pela cobrança foi tomada "num momento de definição para o jornalismo... Temos orgulho de nosso jornalismo e não temos vergonha de dizer que acreditamos em seu valor".

"Este é apenas o começo. O The Times e o Sunday Times são os primeiros de nossos 40 títulos na Grã-Bretanha a tomar esta decisão. Vamos continuar a desenvolver nossos produtos digitais, investir e inovar para os nossos clientes", acrescentou.

Mas, segundo Tim Weber, editor de economia da BBC o novo modelo adotado pelo The Times e o Sunday Times está fadado ao fracasso por várias razões.

"Não há um sistema amplamente aceito de pequenos pagamentos online para os consumidores de notícias. E, especialmente na mídia em inglês, existem muitos competidores grátis - sites comerciais e serviços públicos como a BBC", afirmou.

No entanto, Weber afirma que as alternativas são poucas e, enquanto a tecnologia e o consumo de produtos de mídia evoluem, a indústria vai elaborar novas formas e modelos de cobrança pela assinatura.

Após 4 décadas foragido, idoso é preso por assassinato em 1951

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Frank Dryman em 1955 e em 2010

Frank Dryman cometeu o crime quando tinha 19 anos, em 1951

Um assassino condenado por um crime cometido em 1951 e fugitivo da Justiça desde 1971 foi preso nesta semana no Arizona, nos Estados Unidos, graças à ajuda do neto da vítima, nascido dois anos após o assassinato.

Frank Dryman, de 78 anos, foi identificado vivendo sob a identidade falsa de Victor Houston na cidade do Arizona, onde possuía um cartório para casamentos.

Em abril de 1951, Clarence Pellett foi morto a tiros em Montana após oferecer uma carona a Dryman, então com 19 anos.

O criminoso chegou a ser condenado à morte por enforcamento, mas teve a pena revista posteriormente para prisão perpétua.

Ele estava foragido da Justiça há quase quatro décadas, após sair da prisão em liberdade condicional e desaparecer.

Neto

Dryman foi localizado graças ao cirurgião dentista Clem Pellett, neto de sua vítima.

Clem Pellett, cujas informações sobre o assassinato do avô se resumiam a recomendações de seu pai para nunca oferecer carona a ninguém, decidiu ir atrás do assassino após encontrar recortes de jornais sobre o crime ao limpar a casa que havia sido dos pais.

Após contatos com jornais locais e a Justiça de Montana, e com a ajuda de um detetive particular, Pellett recebeu a informação de que Dryman estava vivendo no Arizona sob identidade falsa. As tatuagens nas mãos ajudaram a identificá-lo.

Dryman deverá ser enviado novamente a Montana, onde a Justiça local decidirá se permite que ele receba novamente a liberdade condicional ou se ele será obrigado a cumprir sua pena de prisão perpétua em regime fechado.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Cientistas identificam possível novo ancestral do homem na Sibéria

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Caverna de Denisova. Foto: J. Krause

O fóssil foi encontrado na caverna de Denisova, na Sibéria

Cientistas alemães identificaram o que pode ser um novo ancestral do homem a partir da análise genética de ossos encontrados em uma caverna na Sibéria, segundo um estudo publicado na edição desta quarta-feira da revista científica Nature.

O fóssil, encontrado na caverna Denisova, nas montanhas Altai, em 2008, seria de um dedo da mão de um hominídeo de cerca de seis anos que viveu na Ásia Central entre 30 mil e 48 mil anos atrás.

Os cientistas do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária de Leipzig, na Alamenha, fizeram uma análise do DNA mitocondrial do fóssil e compararam com o código genético de humanos modernos e do homem de Neandertal.

Os resultados sugerem que o material corresponde a uma migração procedente da África desconhecida até agora e distinta das protagonizadas a partir do continente africano pelos antepassados do homem de Neandertal e dos humanos modernos.

X-Woman

O DNA não é o mesmo dos seres humanos ou neandertais, duas espécies que viveram na área na mesma época. Testes sugerem que o DNA do fóssil siberiano pertence a uma nova espécie, não sendo igual ao de outros hominídeos conhecidos.

O material genético encontrado no fóssil seria muito novo para ser descendente do Homo erectus, que partiu da África em direção à Ásia há cerca de 2 milhões de anos ou muito antigo para descender do Homo heidelbergensis, que teria se originado há cerca de 650 mil anos.

"Quem quer que tenha carregado esse genoma mitochondrial para fora da África há cerca de um milhão de anos é alguma criatura nova que ainda não havia aparecido no nosso radar", disse o professor Svante Paabo, coautor do estudo, ao lado do cientista Johannes Krause.

Já é conhecido que os humanos podem ter vivido simultaneamente com os Neandertais na Europa, aparentemente por mais de 10 mil anos. Mas em 2004, pesquisadores descobriram que uma espécie anã dos humanos, conhecida como “Hobbit”, viveu na ilha das Flores, na Indonésia, até 12 mil anos atrás – muito tempo depois de os humanos modernos terem colonizado a área.

Convivência

A pesquisa contribui para um cenário mais complexo do período Pleistoceno, quando os humanos modernos saíram da África para colonizar o restante do mundo.

O professor Clive Finlayson, diretor do Museu Gibraltar, já disse que havia “uma série de populações humanas espalhadas por partes da África, Eurásia e Oceania”.

“Alguns teriam sido geneticamente relacionados, se comportando como subespécies, enquanto outras populações mais extremas podem ter se comportado como espécies com nenhum ou pouco cruzamento híbrido”, disse.

Neandertais aparentemente viveram na caverna Okladnikov, nas montanhas Altai, há cerca de 40 mil anos. Uma equipe de pesquisadores liderada pelo professor Anatoli Derevianko, da Academia Russa de Ciências, também encontrou provas da presença de humanos modernos que viveram na região no mesmo período.

“Outra questão intrigante é se pode ter havido convivência e interação não apenas entre Neandertais e humanos modernos na Ásia, mas também, agora, entre essas linhagens e a recém descoberta”, afirmou o professor Chris Stringer, pesquisador de origens humanas do Museu de História Natural de Londres.

“A distinção entre os padrões do DNA mitocondrial sugere, até agora, que houve pouco ou nenhum cruzamento entre espécies, mas serão necessárias mais dados de outras partes do genoma dos fósseis para que se chegue a conclusões definitivas”, afirmou.

Segundo ele, o estudo é “um desenvolvimento instigante”.

Vaticano ignorou caso de padre que molestou mais de 200, diz 'New York Times'

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Papa Bento 16

Papa Bento 16 liderou braço disciplinar do Vaticano entre 1981 e 2005

Uma Clique reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal The New York Times afirma que o Vaticano tinha conhecimento – mas não tomou nenhuma providência a respeito – do caso de um padre que, acredita-se, molestou cerca de 200 garotos ao longo de 24 anos em uma escola para surdos no Estado de Wisconsin.

O diário afirma ter tido acesso aos documentos do processo que vítimas apresentaram na Justiça. Entre eles estão correspondências entre os bispos do Estado e altas autoridades do Vaticano, inclusive algumas endereçadas ao cardeal Joseph Ratzinger, atual papa Bento 16, na época em que era chefe da Congregação para Doutrina da Fé, responsável por tratar questões disciplinares na Igreja.

O caso envolve o reverendo Lawrence Murphy, que trabalhou em uma renomada escola para jovens surdos entre 1950 e 1974. Entretanto, o caso só começou a ser investigado em 1993, quando denúncias contra o padre começaram a chegar ao arcebispo de Milwaukee à época, Rembert Weakland.

"O arcebispo Weakland contratou um assistente social especializado no tratamento de crimes sexuais para avaliar (o padre Murphy). Após quatro dias de entrevistas, o assistente social afirmou que o padre admitiu seus atos, havia molestado provavelmente cerca de 200 garotos e que não tinha remorsos", relata o New York Times.

Segundo o jornal, o arcebispo Weakland escreveu cartas ao cardeal Ratzinger pedindo a suspensão do padre Murphy em 1996, com o objetivo de "neutralizar a indignação entre a comunidade surda e restaurar a confiança na Igreja."

O New York Times diz que Ratzinger nunca respondeu a nenhuma das duas cartas que recebeu do arcebispo americano.

O jornal diz que o caso passou pelas mãos de outros funcionários de alto escalão do Vaticano, mas que os procedimentos foram interrompidos depois que o próprio padre Murphy escreveu ao cardeal Raztinger alegando saúde frágil e pedindo que o caso fosse abandonado. Ele morreu quatro meses depois e foi enterrado em vestimentas da Igreja.

Em resposta às acusações colocadas pelo jornal, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, reconheceu que o padre havia violado a lei e crianças "particularmente vulneráveis", e que o caso é "trágico".

Entretanto, ele disse que o Vaticano só tomou conhecimento do caso em 1996 e que, àquela altura, a saúde frágil e a ausência de casos recentes envolvendo o padre pesaram na decisão de suspender o julgamento contra ele.

Integrantes do Abba dizem que considerariam retorno do grupo

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Anni-Frid Lyngstad e Benny Andersson

Benny Andersson, na foto ao lado de Anni-Frid Lyngstad, falou sobre o Abba

Dois integrantes do grupo sueco Abba disseram em uma entrevista que considerariam um reencontro do grupo.

Em entrevista ao jornal britânico The Times, os dois homens do conjunto – Benny Andersson e Björn Ulvaeus – não descartaram um novo show do Abba.

Perguntado se o Abba poderia fazer um show único, talvez ao lado de uma orquestra, transmitido para todo o mundo, Andersson disse: "Sim, por que não?"

"Eu não sei se as garotas ainda cantam. Eu sei que a Frida [a ex-integrante Anni-Frid Lyngstad] estava no estúdio."

Em seguida, ele disse: "Não é uma má ideia, na verdade".

'The Way Old Folks Do'

Ulvaeus fez uma brincadeira com uma das músicas do Abba para falar sobre o assunto.

"Nós poderíamos cantar 'The Way Old Folks Do' ('Do jeito que as pessoas velhas fazem')", disse.

O Abba foi um dos conjuntos mais populares dos anos 70, e emplacou vários sucessos mundiais, como Dancing Queen, Fernando e Mamma Mia.

Desde o fim do grupo, em 1982, os integrantes do Abba sempre foram veementes em rejeitar qualquer possibilidade de reencontro.

Segundo o The Times, eles chegaram a dispensar uma proposta de US$ 1 bilhão para voltar a fazer uma turnê.

Dois anos depois do fim do grupo, Ulvaeus havia dito: "Nós nunca mais apareceremos juntos no palco. Simplesmente não há motivação para voltar. Dinheiro não é um fator e nós gostaríamos de ser lembrados como éramos – jovens, exuberantes, cheios de energia e ambição."

Andersson também havia dito que não via "nenhum motivo para voltar".

Recentemente o Abba tem voltado a fazer sucesso, em parte devido ao filme Mamma Mia, de 2008, um musical com canções do grupo. A vendagem de discos do Abba voltou a crescer.

Ulvaeus e Anderson estão promovendo agora um novo musical composto por ambos, Kristina, que estreia no Royal Albert Hall, de Londres, no dia 14 de abril.

O conjunto também é tema de uma exposição em Londres, com roupas antigas usadas pelos músicos.

Dinheiro cai de caminhão e 'desaparece' nos EUA

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A polícia no Estado americano de Ohio afirma que dezenas de milhares de dólares desapareceram depois que um saco de dinheiro caiu de um caminhão blindado e dezenas de pessoas correram para recolher as notas.

O incidente aconteceu na manhã de quarta-feira na cidade de Columbus. O saco caiu na rua e abriu-se, espalhando as notas de US$ 20 pelo chão. Não se sabe exatamente quanto dinheiro foi perdido, mas a polícia acredita que o valor supera US$ 200 mil.

Autoridades estão vendo vídeos feitos por telefones celulares e por câmeras de segurança para identificar quem pegou o dinheiro.

O sargento Dan Kelso disse ao jornal Columbus Dispatch que dez pessoas já devolveram cerca de US$ 12 mil por iniciativa própria.

As pessoas que forem pegas com o dinheiro serão processadas, disse o policial.

A polícia ainda não sabe como o saco de dinheiro caiu. Testemunhas disseram aos jornais locais que as pessoas estavam tentando juntar com as mãos o máximo de dinheiro que conseguiam carregar.

"Algumas estavam pulando de seus carros", disse uma testemunha. Outro disse que a rua parecia um mar de "piranhas".

quinta-feira, 25 de março de 2010

Justiça considera enganosas propagandas de banda larga de operadoras

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SÃO PAULO – A Justiça Federal concedeu, na última terça-feira (23), liminar vetando as propagandas de internet banda larga consideradas enganosas nas operadoras Oi, Telefônica, Net São Paulo e Brasil Telecom.

A medida foi resultado de uma Ação Civil Pública movida pelo Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), após pesquisa realizada em maio de 2008, que verificou diversas irregularidades do setor. De acordo com a liminar, as empresas têm 30 dias para indicar nas publicidades que “a velocidade de acesso de tráfego na internet é a máxima virtual, podendo sofrer variações decorrentes de fatores externos”.

Caso não realizem as mudanças, as operadoras poderão arcar com multa diária de R$ 5 mil para cada usuário. Além disso, a publicidade e a comercialização do serviço poderão ser suspensas. “A informação precisa e clara é um direito básico, previsto no Código de Defesa do Consumidor”, afirmou, por meio de nota, Maíra Feltrin Alves, advogada do Idec.

Ação
A ação movida pelo órgão de defesa do consumidor prevê que o consumidor deve pagar apenas pelo serviço utilizado, proporcional à velocidade entregue de fato, podendo rescindir o contrato, sem multa, ou pedir a devolução de valores pagos a mais, nos casos de entrega de uma velocidade menor que a contratada. A rescisão, prevê a ação, poderá ser feita sem ônus mesmo em período de fidelidade.

No documento também está prevista a alteração das cláusulas contratuais dos serviços de banda larga que eximem as empresas da responsabilidade de cumprir a oferta da velocidade de acesso à rede. O Idec propõe que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) determine a substituição de tal cláusula por outra que especifique a velocidade da banda larga entregue ao consumidor.

“A presença de cláusula que isenta as empresas de sua responsabilidade de garantir a velocidade contratada, em contratos que passaram pela homologação da Anatel, atenta contra o Código de Defesa do Consumidor e expõe a omissão da Anatel na regulação e fiscalização do setor”, considera Maíra.

Celular passou de meio de comunicação para forma de bancarização

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SÃO PAULO – O celular surgiu como uma fonte de comunicação por voz e, logo depois, foi criada a possibilidade de comunicação por texto. Passado o tempo, ele começou a ser usado como fonte de entretenimento, por meio de jogos e músicas. Agora, ele surge como uma forma de disponibilizar aos clientes serviços que envolvem dinheiro.

Muito mais do que isso, de acordo com o consultor em mobile payment, Sérgio Goldstein, em todo o mundo, o celular tem sido usado como uma ferramenta que disponibiliza serviços bancários àqueles que não têm acesso a isso. “As grandes operadoras no mundo estão focando no público não bancarizado”, explicou.

Pelo Mundo
Um exemplo disso é a M-Pesa, operadora de celular que atua no Quênia. Com a baixa presença de bancos no país, ela passou a disponibilizar serviços de mobile banking. O resultado é que metade dos clientes da empresa, o correspondente a 18% da população, usa a ferramenta e movimenta um montante de US$ 1,6 bilhão.

“A gente pensa no mobile banking para a alta renda, como complementação de serviços. No Quênia, é para preencher esse vácuo”, explicou o gerente de rentabilização da Oi Paggo, Eduardo Neubern, sobre a falta de bancarização da população.

No Japão, Goldstein afirmou que a operadora líder – que detém 54 milhões de clientes e 50% de market share – tem 30 milhões de pessoas que usam o celular como forma de pagamento contact less, em que não é preciso colocar senha. Destas pessoas, apenas 10 milhões são proprietárias de cartão de crédito.

Para se ter uma ideia do potencial dos celulares como fonte de bancarização, existem no mundo cerca de 4 milhões de aparelhos, contra 1 bilhão de contas-correntes.

No Brasil
De acordo com Goldstein, no Brasil, o celular pode ser usado como fonte de bancarização, pois existe uma demanda por serviços como pagamentos sem cartão e dinheiro, movimentação de saldo de dinheiro e transferências.

“Por que existem brasileiros que não possuem conta-corrente? Não é nem pelo custo, porque há tarifas mínimas e serviço que nem é cobrado. Grande parte da restrição é pelas pessoas ficarem apreensivas de irem aos bancos e pela burocracia. O celular é o melhor instrumento para promover a bancarização”, disse.

A desbancarização no Brasil é tamanha que uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisas Fractal revelou que 92% dos entrevistados com renda individual inferior a R$ 800 por mês alegam não ter conta em banco.

Medo
O grande desafio, porém, é o medo das fraudes. Uma pesquisa feita pela Acision, em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre mostrou que 53% das pessoas não usam celular como cartão de crédito ou débito porque não acham seguro. Outras 15% acreditam que vai aumentar o roubo de celulares e 10%, porque não sabem se, em caso de furto, o bloqueio seria imediato.

“O serviço é totalmente seguro. Você não tem conta em banco, mas pode usar um serviço de banco. Mas existe um processo de educação da população”, afirmou o diretor de Vendas da Telepim, Dragos Regalie.

Já o presidente para a América Latina da Acision, Rafael Steinhauser, deu o exemplo do surgimento de outros tipos de tecnologia que envolviam dinheiro. “Há 15 anos, quando começou o uso do cartão de crédito, existia essa barreira do medo. Há cinco anos, quando começou o e-commerce, era a mesma coisa. Vamos ter de educar a população”.

É abusiva cobrança de preços diferentes para pagamento em dinheiro e com cartão de crédito

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Um posto de combustível do Rio Grande Sul foi proibido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a cobrar preços diferenciados para pagamentos em dinheiro e os previstos para pagamentos em cartão de crédito não parcelado, sob pena de multa diária de R$ 500,00. Por unanimidade, os ministros da Terceira Turma entenderam que o pagamento efetuado com cartão de crédito é à vista porque a obrigação do consumidor com o fornecedor cessa de imediato.

O caso chegou ao Poder Judiciário em ação coletiva de consumo promovida pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul. O juízo de primeiro grau determinou apenas a equiparação dos preços para pagamento em dinheiro e cheque à vista. No julgamento da apelação, o tribunal gaúcho manteve o preço diferenciado para pagamentos com cartão de crédito por considerar que o comerciante só recebe o efetivo pagamento após trinta dias.

O relator do recurso no STJ, ministro Massami Uyeda, destacou inicialmente que, como não há regulação legal sobre o tema, deve ser aplicado o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Para decidir, o relator analisou as relações jurídicas do contrato de cartão de crédito. Há uma relação entre a instituição financeira que emite o cartão e o cliente, que paga uma taxa de administração. Há outra relação entre a instituição financeira e o comerciante, que transfere um percentual da venda em troca da total garantia de recebimento do crédito.

Massami Uyeda concluiu que o pagamento por cartão de crédito garante ao estabelecimento comercial o efetivo adimplemento e que a disponibilização dessa forma de pagamento é uma escolha do empresário, que agrega valor ao seu negócio, atraindo, inclusive, mais clientes. Trata-se, portanto, de estratégia comercial que em nada se refere ao preço de venda do produto final. “Imputar mais este custo ao consumidor equivaleria a atribuir a este a divisão dos gastos advindos do próprio risco do negócio, de responsabilidade exclusiva do empresário”, afirmou o ministro no voto.

A prática de preços diferenciados para pagamento em dinheiro e com cartão de crédito em única parcela foi considerada abusiva pelo relator. Isso porque o consumidor já paga à administradora uma taxa pela utilização do cartão de crédito. Atribuir-lhe ainda o custo pela disponibilização do pagamento, responsabilidade exclusiva do empresário, importa onerar o consumidor duplamente, o que não é razoável e destoa dos ditames legais, segundo o relator.

Fiat é condenada a indenizar

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A 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais condenou a Fiat Automóveis a indenizar um casal que teve o carro apreendido e foi investigado em inquérito policial porque o número de identificação no documento do veículo não correspondia ao número impresso no motor, em razão de erro no cadastro do veículo no Denatran. O valor da indenização por danos morais é de R$ 8 mil e, por danos materiais, de R$ 1.073,74.

No dia 25 de fevereiro de 2005, o casal teve o carro apreendido pela Polícia Federal, na BR 262, no Mato Grosso do Sul, após uma operação de rotina que verificou que o número esculpido no motor do veículo Fiat/Tempra não correspondia ao número expresso no Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo. Os agentes suspeitaram de adulteração do número do chassi, fizeram o boletim de ocorrência e comunicaram o fato à Polícia Civil. Foi então instaurado inquérito policial, em que marido e mulher passaram à categoria de “investigados”.

O laudo apresentado pelo perito dizia que “o automóvel não apresentava qualquer sinal de adulteração, sendo que seu chassi e motor estavam dentro dos padrões originais da fábrica”. Com essas informações, a Polícia Civil solicitou a descrição correta do veículo apreendido à Fiat Automóveis S/A.

Em sua resposta, a Fiat informou haver um equívoco no cadastro do número do motor do veículo no Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Com esta informação, o inquérito policial foi arquivado e o veículo liberado.

O casal alegou que o veículo sofreu depreciação durante os quatro meses em que permaneceu apreendido, por ter ficado estacionado exposto ao sol e à chuva. Além dos danos materiais, solicitaram à Justiça o direito de receber indenização por danos morais, por se sentirem “constrangidos e humilhados” pela apreensão do veículo e por terem sido indiciados pela suspeição de adulteração do número do motor, num pequeno município onde residem familiares.

A Fiat argumentou que a declaração que fez noticiando que havia um erro no cadastro do número do motor no Denatran não atesta que o erro foi causado pela montadora, ou seja, o equívoco poderia ter sido causado pelo próprio órgão federal.

A juíza Simone S. A. Abras, da comarca de Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, cidade onde se encontra a fábrica da Fiat, entendeu que a empresa é a responsável pelo erro. A juíza afirmou que a Fiat não apresentou documentação que comprovasse o envio correto dos dados do veículo ao Denatran e condenou a empresa a indenizar o casal em R$ 8 mil por danos morais e em R$ 1.073,74 para cobrir os danos materiais.

O relator do recurso, desembargador Fernando Caldeira Brant, concluiu que o problema causou “enorme transtorno e constrangimento ao casal”, justificando os danos morais, e que os documentos apresentados atestam corretamente os gastos ocorridos, para a fixação dos danos materiais. Assim, manteve o valor da condenação fixado na 1ª Instância.

Os desembargadores Marcelo Rodrigues e Duarte de Paula acompanharam a decisão do relator.

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Processo nº: 1.0027.06.106689-3/001

quarta-feira, 24 de março de 2010

Polícia da África do Sul demitirá oficiais obesos

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O Comissário Nacional de Polícia da África do Sul, Bheki Cele, afirmou que a instituição não vai mais tolerar policiais acima do peso.

Cele afirmou que, com a nova política, pretende criar uma nova tradição no país, na qual os criminosos vão temer a boa forma e a disciplina da força policial.

De acordo com o correspondente da BBC em Pretória Jonah Fisher, a força policial da África do Sul tem um problema de imagem.

O país tem uma das taxas de criminalidade mais altas do mundo e seus policiais são vistos por muitos como ineficazes, corruptos em algumas ocasiões e acima do peso.

Programa

Mas Bheki Cele diz pretender mudar esta opinião ao lançar uma nova política de tolerância zero para os policiais obesos do país.

No lançamento do programa, ele completou uma série de exercícios aeróbicos e correu 400 metros em uma pista de atletismo.

O chefe da polícia sul-africana afirmou que os policiais agora terão que caber nas calças que usavam quando foram treinados para entrar para a polícia.

Os que fizerem pedidos de ajustes e alargamento das fardas terão seus pedidos negados e, ao invés dos ajustes, receberão um plano de perda de peso que dura um ano, para que suas antigas roupas voltem a servir.

Aqueles que não conseguirem perder peso depois deste programa, serão demitidos.

Uma recente pesquisa realizada em uma cidade da África do Sul descobriu que quase metade dos policiais, homens e mulheres, estavam obesos.

A Copa do Mundo deve começar em menos de três meses e, segundo o correspondente da BBC em Pretória, a polícia da África do Sul pretende mostrar que está à altura da tarefa de proteger até 400 mil torcedores que devem visitar o país durante o torneio.

Australiano com sangue raro já salvou mais de 2 milhões de bebês

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James Harrison segura bebês (Sydney Morning Herald)

James Harrison ficou conhecido como "o homem com o braço de ouro".

O australiano James Harrison, dono de um tipo sanguíneo raro, já salvou a vida de 2 milhões e 200 mil recém-nascidos, incluindo a do próprio neto.

Seu plasma sanguíneo é usado na criação de uma vacina aplicada em mães para evitar que seus bebês sofram da doença de Rhesus, também conhecida como doença hemolítica ou eritroblastose fetal.

A doença causa incompatibilidade entre o feto e a mãe. A doença acontece quando o sangue da mãe é Rh- e, o do bebê é Rh+. Após uma primeira gravidez nestas condições ou após ter recebido uma transfusão contendo sangue Rh+, a mãe cria anticorpos que passam a atacar o sangue do bebê.

O sangue de Harrison, de 74 anos, no entanto, é capaz de tratar essa condição mesmo depois do nascimento da criança, prevenindo a doença.

Após as primeiras doações à Cruz Vermelha australiana, descobriu-se a qualidade especial do sangue de Harrison. Foi quando ele ganhou o apelido de "o homem com o braço de ouro".

"Nunca pensei em parar de doar", disse Harrison à mídia local. Em mais de uma década, ele fez 984 doações de sangue e deve chegar a de número mil ainda nesse ano.

Harrison se tornou voluntário de pesquisas e testes que resultaram no desenvolvimento de uma vacina conhecida como Anti-D, que previne a formação de anticorpos contra eritrócitos Rh-positivos em pessoas Rh-negativas.

Antes da vacina Anti-D, Rhesus era a causa de morte e de danos cerebrais de milhares de recém-nascidos na Austrália.

Aos 14 anos de idade, Harrison teve de passar por uma cirurgia no peito e precisou de quase 14 litros de sangue para sobreviver. A experiência foi o que o levou, ao completar 18 anos de idade, a passar a doar com constância o próprio sangue.

Seu sangue foi considerado tão especial que o australiano recebeu um seguro de vida no valor de um milhão de dólares australianos, o equivalente a R$ 1,8 milhão.

Feira na Suíça traz relógio feito com fezes de dinossauro

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O relógio da marca Artya tem mostrador de fezes fossilizadas de  dinossauro. Foto: Divulgação

O mostrador lembra a madrepérola, mas é feito com fezes fossilizadas

Um fabricante suíço de relógios criou um modelo com o mostrador feito de fezes fossilizadas de dinossauro – um dos destaques do Salão Internacional de Relojoaria e Joalheria de Bâle, que está acontecendo na Suíça.

Yvan Arpa, dono da marca Artya, já havia utilizado poeira lunar e ferrugem do Titanic para desenvolver suas criações.

“Decidi ir mais longe e utilizar o coprólito”, disse ele, se referindo ao termo científico utilizado para as fezes conservadas naturalmente por um processo de fossilização.

Segundo Arpa, as fezes provêm de um dinossauro herbívoro cuja espécie não pôde ser determinada.

Objeto de arte

Segundo o fabricante, o modelo tem “estilo de objeto de arte contemporânea” e custa cerca de 8,3 mil euros (aproximadamente R$ 19 mil ).

Os excrementos do animal pré-histórico dão ao mostrador do relógio um efeito parecido com a madrepérola, com tons de cinza e laranja.

“A cor interna é magnífica e tem 100 milhões de anos. Há pessoas que gostam de trabalhar o ouro ou a prata. Eu gosto de transformar materiais não nobres em algo majestoso”, afirma o relojoeiro.

A marca Artya também apresenta um objeto pouco comum em outro evento do setor, a feira Baselworld, considerada uma das maiores do mundo nessa área. Nesse evento, o fabricante expõe um relógio cuja estrutura em metal sofreu fortes descargas elétricas, que poderiam atingir até 1 milhão de volts, segundo Arpa.

A marca dele, no entanto, não foi a única a se inspirar nos animais pré-históricos para criar relógios.

Também na feira Baselworld, outro fabricante suíço, Jean-Marie Schaller, da grife Louis Moinet, desenvolveu um modelo cujo mostrador foi realizado com ossos de um dinossauro herbívoro que teria vivido há 150 milhões de anos na América do Norte.

Os relógios, que custam 214,4 mil euros (cerca de R$ 513 mil), têm certificado que atestam a origem dos ossos de dinossauros. O modelo também é cravejado de diamantes.

“Nossa ideia era combinar a arte da relojoaria com materiais especiais”, diz Schaller. Ele já havia criado modelos realizados com fragmentos de meteoritos.

A feira de Bâle, que reúne 2 mil expositores de 45 países, também apresenta outras curiosidades, como um relógio movido a energia solar e um modelo que combina um relógio de bolso a um telefone celular.

Crise

Os fabricantes de relógios de luxo esperam que a originalidade de seus modelos possam contribuir para a retomada das vendas, fortemente afetadas pela crise financeira.

No ano passado, os resultados do setor foram considerados catastróficos. As exportações suíças do setor de relojoaria, considerado o maior do mundo, caíram 22%, atingindo cerca de 9 bilhões de euros (R$ 21,5 bi) em 2009.

Apesar de considerar que o contexto econômico permanece difícil, os fabricantes estimam que o pior da crise já passou e preveem resultados positivos em 2010.

Após 14 meses consecutivos de queda nas vendas, as exportações suíças de relógios cresceram 2,7% em janeiro passado.