Miami, 30 mai (EFE).- A temporada de furacões que começa na terça-feira no Atlântico ameaça ser tão turbulenta quanto a de 2005, com a formação de 14 a 23 tempestades e de entre oito a 14 furacões nos Estados Unidos, no Caribe, na América Central e no Golfo do México.
Após a trégua do ano passado, a bacia atlântica deve preparar-se para uma temporada "extremamente ativa", já que a previsão é de que entre três e sete furacões sejam de grande intensidade, com ventos superiores a 177 km/h, segundo a previsão da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA (NOAA, na sigla em inglês).
"Lembra como foi tranquilo o ano passado, sem que nenhuma das tempestades chegasse a tocar a terra? Será muito difícil que tenhamos outra temporada assim (em 2010)", disse à Agência Efe Bill Read, diretor do Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês).
Jane Lubchenco, funcionária da NOAA, advertiu que se for cumprida a previsão para a temporada, que começa no dia 1º de junho e termina em 30 de novembro, ela "poderia ser uma das mais ativas que se tenha registrado".
"Pedimos que todo o mundo esteja preparado", advertiu.
A previsão é parecida com a feita para a temporada de 2005, que causou mortes e destruição na bacia atlântica, com 29 tempestades e 15 furacões, dos quais seis registraram a maior categoria na escala de intensidade Saffir-Simpson, que vai de um a cinco.
Em 2005, o furacão "Katrina" matou cerca de 1.500 pessoas em quatro estados americanos, principalmente na Louisiana, e causou danos de mais de US$ 80 bilhões, tornando-se um dos desastres naturais mais devastadores da história do país.
Um enfraquecido fenômeno climático El Niño, que inibe a formação de furacões no Atlântico, ou a possível presença de La Niña, que tem efeito contrário, são os fatores que podem determina a intensidade da temporada.
"No ano passado tivemos o El Niño e seu impacto foi significante, com uma menor atividade de ciclones. Neste momento dá a impressão de que teremos a La Niña durante o ponto mais alto da temporada (entre agosto e outubro), o que tem uma correlação com as temporadas muito ativas", explicou Read.
Outro elemento são as "excepcionalmente" elevadas temperaturas das águas, com 27 a 29 graus centígrados na zona intertropical do Atlântico, entre a África e as Antilhas Menores, e acima dos 30 graus no mar do Caribe. As águas quentes servem de "combustível" para a formação dos furacões.
Também influenciará a chamada "'multidécada' tropical", que começou em 1995. Desde que os furacões começaram a ser monitorados, há muita atividade na bacia atlântica em algumas décadas e isto ocorre a cada entre dez e 20 anos, segundo os meteorologistas.
Apesar de todos os países banhados pela bacia atlântica estarem vulneráveis aos furacões, o Haiti é a principal preocupação dos meteorologistas, devido às precárias condições em que se encontra desde o terremoto que devastou o país em janeiro.
"Se apenas uma ou duas tempestades fortes passarem sobre o Haiti, com mais de um milhão de pessoas vivendo em tendas de campanha, isso seria suficiente para qualificar a temporada como catastrófica", disse à Efe o diretor do NHC.
Para esta temporada, o NHC também terá uma nova escala Saffir-Simpson e emitirá alertas e avisos sobre a proximidade de tempestades e furacões 12 horas antes.
A escala manterá as cinco categorias para medir a força dos ventos dos ciclones, mas não incluirá as previsões sobre ressacas e inundações, porque os valores podem estar significativamente fora das categorias sugeridas originalmente.
"A possibilidade de inundações não se enquadra perfeitamente com a intensidade das tempestades, porque algumas zonas podem ter grandes inundações causadas por sistemas tropicais com ventos menos intensos e isso causa confusão", disse Read à Efe.
Sobre os alertas, o NHC mudou o prazo de 36 para 48 horas, e os avisos passaram de 24 para 36 horas antes.
Os nomes das tempestades este ano serão: Alex, Bonnie, Colin, Danielle, Earl, Fiona, Gaston, Hermine, Igor, Julia, Karl, Lisa, Matthew, Nicole, Otto, Paula, Richard, Shary, Tomas, Virginie e Walter.
Após a trégua do ano passado, a bacia atlântica deve preparar-se para uma temporada "extremamente ativa", já que a previsão é de que entre três e sete furacões sejam de grande intensidade, com ventos superiores a 177 km/h, segundo a previsão da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA (NOAA, na sigla em inglês).
"Lembra como foi tranquilo o ano passado, sem que nenhuma das tempestades chegasse a tocar a terra? Será muito difícil que tenhamos outra temporada assim (em 2010)", disse à Agência Efe Bill Read, diretor do Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês).
Jane Lubchenco, funcionária da NOAA, advertiu que se for cumprida a previsão para a temporada, que começa no dia 1º de junho e termina em 30 de novembro, ela "poderia ser uma das mais ativas que se tenha registrado".
"Pedimos que todo o mundo esteja preparado", advertiu.
A previsão é parecida com a feita para a temporada de 2005, que causou mortes e destruição na bacia atlântica, com 29 tempestades e 15 furacões, dos quais seis registraram a maior categoria na escala de intensidade Saffir-Simpson, que vai de um a cinco.
Em 2005, o furacão "Katrina" matou cerca de 1.500 pessoas em quatro estados americanos, principalmente na Louisiana, e causou danos de mais de US$ 80 bilhões, tornando-se um dos desastres naturais mais devastadores da história do país.
Um enfraquecido fenômeno climático El Niño, que inibe a formação de furacões no Atlântico, ou a possível presença de La Niña, que tem efeito contrário, são os fatores que podem determina a intensidade da temporada.
"No ano passado tivemos o El Niño e seu impacto foi significante, com uma menor atividade de ciclones. Neste momento dá a impressão de que teremos a La Niña durante o ponto mais alto da temporada (entre agosto e outubro), o que tem uma correlação com as temporadas muito ativas", explicou Read.
Outro elemento são as "excepcionalmente" elevadas temperaturas das águas, com 27 a 29 graus centígrados na zona intertropical do Atlântico, entre a África e as Antilhas Menores, e acima dos 30 graus no mar do Caribe. As águas quentes servem de "combustível" para a formação dos furacões.
Também influenciará a chamada "'multidécada' tropical", que começou em 1995. Desde que os furacões começaram a ser monitorados, há muita atividade na bacia atlântica em algumas décadas e isto ocorre a cada entre dez e 20 anos, segundo os meteorologistas.
Apesar de todos os países banhados pela bacia atlântica estarem vulneráveis aos furacões, o Haiti é a principal preocupação dos meteorologistas, devido às precárias condições em que se encontra desde o terremoto que devastou o país em janeiro.
"Se apenas uma ou duas tempestades fortes passarem sobre o Haiti, com mais de um milhão de pessoas vivendo em tendas de campanha, isso seria suficiente para qualificar a temporada como catastrófica", disse à Efe o diretor do NHC.
Para esta temporada, o NHC também terá uma nova escala Saffir-Simpson e emitirá alertas e avisos sobre a proximidade de tempestades e furacões 12 horas antes.
A escala manterá as cinco categorias para medir a força dos ventos dos ciclones, mas não incluirá as previsões sobre ressacas e inundações, porque os valores podem estar significativamente fora das categorias sugeridas originalmente.
"A possibilidade de inundações não se enquadra perfeitamente com a intensidade das tempestades, porque algumas zonas podem ter grandes inundações causadas por sistemas tropicais com ventos menos intensos e isso causa confusão", disse Read à Efe.
Sobre os alertas, o NHC mudou o prazo de 36 para 48 horas, e os avisos passaram de 24 para 36 horas antes.
Os nomes das tempestades este ano serão: Alex, Bonnie, Colin, Danielle, Earl, Fiona, Gaston, Hermine, Igor, Julia, Karl, Lisa, Matthew, Nicole, Otto, Paula, Richard, Shary, Tomas, Virginie e Walter.
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