quinta-feira, 3 de junho de 2010

24.500 empregos em Angra 3.

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Autorização para obra da terceira usina nuclear do Rio foi concedida ontem pela Comissão Nacional de Energia Nuclear



Rio - As obras da Usina Nuclear de Angra 3 já podem começar com esperanças de geração de 9 mil empregos diretos e 15 mil indiretos. Serão 600 milhões de euros em novos investimentos, para projeto que já recebeu R$ 8,4 bilhões até o momento. Após a construção, a operação da planta vai garantir 500 novos postos de trabalho diretos e permanentes no Estado do Rio. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnem) enviou ontem à Eletrobras Eletronuclear, documento que autoriza o início da concretagem da laje do prédio do reator da Usina Angra 3.

Presidente do Cnem, Odair Dias Gonçalves disse que agora será possível iniciar as obras do prédio do reator: “Esse é o marco zero do projeto”. A licença de uso de material radioativo deve ser liberada em 2014.

Gonçalves assegurou que o programa nuclear brasileiro deverá evoluir, independentemente do resultado das eleições de outubro. “A compreensão de que o Brasil precisa diversificar a matriz energética já foi consolidada”, garantiu.

Alexandre Groman de Araújo Goes, coordenador geral de Reatores e Ciclo de Combustível da Cnem, informou que a autorização foi concedida após a comprovação de que a empresa já cumpriu todos os requisitos e condições impostos — um total de 30 condicionantes, que foram publicados ontem em resolução no Diário Oficial da União (DOU).

Segundo a Eletrobrás, a concretagem pode começar imediatamente, com previsão de término das obras para daqui a 66 meses. E operação entre 2015 e 2016.

A unidade terá potência de 1.405 megawatts (MW) — Angra 1 tem 657 MW e Angra 2 gera 1.350 MW —, e será construída em área de 80.563 metros quadrados (m²). A planta receberá 200 mil metros cúbicos (m³) de concreto e 30,8 mil toneladas de aço. A capacidade de geração de energia de Angra 3 é equivalente à eletricidade necessária para manter uma região metropolitana do porte de Curitiba (PR).

Angra 1 precisou ser desligada

A Usina Angra 1 foi desligada automaticamente na madrugada de domingo. A unidade desarmou a turbina e o reator, porque detectou alto nível de água no gerador de vapor. “Seguindo os procedimentos da Eletrobras Eletronuclear, foi declarado Evento Não Usual (ENU) à 1h55. Às 3h50, o ENU foi encerrado”, descreveu o comunicado.

De acordo com o relatório da empresa, os sistemas e os equipamentos da usina atuaram “devidamente, sem qualquer prejuízo aos trabalhadores, o meio ambiente e o público em geral”. O retorno ao Sistema Interligado Nacional foi feito no próprio domingo, e o Operador Nacional do Sistema (ONS) coordenou a operação.

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