domingo, 20 de junho de 2010

Executivo da BP é criticado por passear de iate.

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Iate de Tony Hayward na Ilha de Wight (Chris Ison/PA)

BP defendeu Hayward dizendo que foi seu primeiro dia de folga desde vazamento.

O diretor-executivo da petroleira britânica BP, Tony Hayward, foi duramente criticado por aproveitar o tempo livre para passear de iate com seu filho em vez de cuidar do vazamento de petróleo no Golfo do México.

O chefe de gabinete da Casa Branca, Rahm Emanuel, disse que o passeio na Ilha de Wight, na costa sul da Grã-Bretanha, foi mais uma de "uma longa lista de gafes e erros de relações públicas" de Hayward.

"Citando Tony Hayward, ele recebeu sua vida de volta", disse Emanuel, em referência a uma afirmação feita pelo empresário.

"Acho que podemos concluir que Tony Hayward não vai ter uma segunda profissão como consultor de relações públicas", disse Emanuel à rede de televisão americana ABC, no programa This Week, que será transmitido neste domingo.

O integrante do Greenpeace Charlie Kronick descreveu o passeio de barco como "insultante... esfregando sal nas feridas" daqueles que foram prejudicados pelo desastre ecológico.

Hayward passou o dia com seu filho acompanhando uma competição de barcos que navegaram ao redor da Ilha de Wight.

Durante o evento, ele foi fotografado em seu iate Farr 52, de US$ 270 mil (cerca de R$ 480 mil), chamado "Bob".

O porta-voz da BP, Robert Wine, defendeu o comportamento de Hayward e disse que era o primeiro dia de folga que ele teve desde que o vazamento começou, no dia 20 de abril.

"Ele está passando algumas horas com sua família durante o fim-de-semana", disse Wine.

"Tenho certeza que todos entendem isso."

A BP anunciou que já pagou US$ 104 milhões (cerca de R$ 184 milhões) a moradores ao longo da costa do Golfo que registraram queixas contra a empresa após o desastre.

No fim desta semana, a companhia disse que Hayward estava repassando a tarefa de monitoramento diário dos acontecimentos na plataforma para o diretor-gerente Bod Dudley.

Um dispositivo sobre o poço danificado, que está a cerca de 1,5 mil metros de profundidade, tem conseguido coletar em torno de 25 mil barris por dia.

O volume coletado ainda é insuficiente para interromper o vazamento, estimado entre 35 mil e 60 mil barris de petróleo por dia.

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