segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Casa em parcelas de R$ 14.

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Mutuário paga prestações baixas durante a construção do imóvel no programa federal



Rio - Quem compra um imóvel na planta pelo programa habitacional ‘Minha Casa, Minha Vida’ pagará prestação inicial de R$ 14 durante a obra, valor menor do que o preço de uma passagem de ônibus do Rio para Petrópolis. As parcelas baixas ocorrem neste período porque os mutuários quitam apenas a correção monetária do valor financiado. O montante vai subindo mês a mês de acordo com a evolução da construção.

Segundo o diretor da Estrutura Consultoria de Financiamento, Bruno Teodoro, o método utilizado no cálculo da despesa mensal é para permitir que o mutuário consiga pagar o aluguel e a prestação da casa nova ao mesmo tempo. O casal Alexandre de Andrade e Tatiane Munhão foi beneficiado com a parcela de R$ 14, 11.

“O subsídio (desconto) de R$ 8 mil e a possibilidade de utilizar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço contribuíram para realizar o nosso sonho. Conseguimos comprar um apartamento no condomínio Parque dos Sonhos, em Campo Grande. Quando ficar pronto, daqui a 20 meses, vamos pagar R$ 608 mensais”, conta Tatiane.

O auxiliar administrativo Joel Gomes também comemora as facilidades oferecidas pelo ‘Minha Casa, Minha Vida’. Ele comprou apartamento em Maria da Graça, das construtoras Leduca e Vitale. “Há muito tempo procurava um imóvel, mas estava difícil encaixar a prestação no orçamento. Com o programa habitacional tive abatimento de quase R$ 10 mil e ainda vou usar o FGTS”, lembra.

O diretor regional da Rossi, Rafael Cardoso, explica que para unidade avaliada em R$ 89.900, da marca Ideal, é necessário renda familiar de R$ 1.395. Em simulação, com R$ 400 de entrada, além de R$ 8 mil do FGTS e R$ 23 mil de subsídio, as parcelas serão de R$ 50,48, em 15 vezes durante a obra.

A OAS Empreendimentos lança neste fim de semana o Jardins Campo Grande, empreendimento de 720 apartamentos pelo programa do governo, com financiamento de até 100% pela Caixa Econômica Federal. O gerente regional de Incorporação da empresa, Adriano Quadros, afirma que as obras estão adiantadas e a entrega das chaves prevista para o segundo semestre de 2011. Dados da Caixa revelam que no Rio já foram assinados 37.158 contratos para famílias com renda de até R$ 4.900.

TOME NOTA

PRESTAÇÃO

A parcela sobe de acordo com o cronograma da obra até atingir o valor cheio, na entrega das chaves. Após, o período de construção, segundo a superintendente da Caixa Econômica Federal no Rio, Nelma Tavares, as prestações voltam a cair de forma moderada por conta do sistema de amortização crescente do contrato habitacional pelo programa ‘Minha Casa, Minha Vida’. “Quando o financiamento estiver chegando ao fim, elas estarão pequeninas”, garante Nelma.

SUBSÍDIO

O programa oferece abatimento no valor do imóvel de até R$ 23 mil para famílias com renda máxima de R$ 2.790. Vale lembrar que quanto menor o salário maior será o desconto. O subsídio mínimo é de R$ 2 mil. O bônus é para quem não tem moradia.

TAXA DE JUROS

Os juros variam de 5% a 8,16% ao ano mais TR (Taxa Referencial). Os trabalhadores com saldo na conta vinculada do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) há pelo menos três anos vão contar com desconto 0,5% na taxa de juros anual. Se o percentual for de 5% passará para 4,5% ao ano.

RENDA FAMILIAR

As regras do financiamento permitem que a renda possa ser composta com as pessoas que vão residir no imóvel.

PARCELA GARANTIDA

O programa prevê que o mutuário tenha até 36 parcelas pagas em caso de desemprego, por meio do Fundo Garantidor. Para ter direito é preciso pagar pelo menos seis prestações. Também é exigido documento que comprove a demissão.

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