Posto em São José dos Campos (SP) já cobra pelo etanol quase 70% do valor da gasolina
Foto: Lucas Lacaz
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O motorista já sente na bomba do posto o aumento do etanol em São Paulo. O preço do derivado da cana-de-açúcar disparou no varejo e a tendência é de crescimento, segundo apontam especialistas. O produto está R$ 0,12 mais caro em outubro na comparação com setembro, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), e deve continuar subindo. Desde o fim de agosto, o preço do etanol hidratado nas usinas aumentou 17%, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP (Cepea/USP).
Luis Carlos Laureano, economista do Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais da Universidade de Taubaté, aponta dois fatores para esta variação. O primeiro é o fim da safra de cana, que termina em outubro. O segundo é a produção de açúcar para o mercado externo, tendo em vista que o preço do produto está em ascensão diante de problemas climáticos em outros produtores de cana-de-açucar no mundo.O pesquisador entende que o crescimento da venda de veículos bicombustíveis e o estoque de etanol feito por parte das usinas para atender o período de entressafra da matéria-prima, que deve se estender até fevereiro, pode ter sido os causadores do aumento no preço do etanol nas bombas.O consumidor, Alexandre Dotello, gerente de uma loja de produtos esportivos, já sente no orçamento mensal a alta dos preços do etanol. Ele reclama dos valores e diz que a diferença entre colocar gasolina ou etanol no carro hoje se tornou quase imperceptível. "Com o álcool, preciso de mais de R$ 60 para encher o tanque, que dura pouco. A gasolina custa um pouco mais caro mais e eu consigo andar quase o dobro", disse Dotello. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo, José Alberto Gouveia, afirmou que desde agosto o consumidor já está pagando mais pelo etanol. Na última semana, os postos de São Paulo receberam o litro de álcool das distribuidoras com acréscimo de R$ 0,10 a R$ 0,12.
"Não há como segurar esse alta no preço do etanol, que em uma projeção futura tende a disparar e a gasolina tornar-se mais uma vez vantajosa", disse Gouveia, que afirmou que em relação ao ano passado o valor ainda está abaixo do cobrado. Segundo o presidente do Sincopetro, em 2009 o valor do etanol na bomba chegou, em outubro, a custar R$1,83.O vice-presidente do Sindicom, sindicato que representa os distribuidores de combustíveis, enaltece a responsabilidade dos usineiros no preço do produto para o mercado. Alisio Vaz, disse que os aumentos ao consumidor refletem, provavelmente, a elevação contínua de preços do produto nas usinas."Nas últimas quatro semanas, segundo acompanhamento da Esalq, estes preços aumentaram 17%, ou seja, cerca de 14 centavos. No mesmo período o preço médio do etanol nas bombas no Estado de São Paulo cresceu de R$ 1,42 para R$ 1,51, de acordo com a última medição da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Um aumento de 9 centavos ou 6%", afirmou Vaz.Procurada, a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) informou por meio de um comunicado que o volume de cana-de-açúcar processada pelas unidades produtoras da região Centro-Sul do Brasil na primeira quinzena de setembro atingiu 37,05 milhões de toneladas, queda de 11,93% em relação quinzena anterior. Este recuo se justifica principalmente pelas chuvas que, ainda que de maneira tímida e heterogênea, retornaram ao Centro-Sul na primeira quinzena de setembro. "No acumulado desde o início da safra atual, a moagem de cana-de-açúcar totalizou 417,20 milhões de toneladas, crescimento de 19,53% em relação ao mesmo período da safra anterior", informou a Unica por meio da nota.Para carros flex, o uso do álcool deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina.
Luis Carlos Laureano, economista do Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais da Universidade de Taubaté, aponta dois fatores para esta variação. O primeiro é o fim da safra de cana, que termina em outubro. O segundo é a produção de açúcar para o mercado externo, tendo em vista que o preço do produto está em ascensão diante de problemas climáticos em outros produtores de cana-de-açucar no mundo.O pesquisador entende que o crescimento da venda de veículos bicombustíveis e o estoque de etanol feito por parte das usinas para atender o período de entressafra da matéria-prima, que deve se estender até fevereiro, pode ter sido os causadores do aumento no preço do etanol nas bombas.O consumidor, Alexandre Dotello, gerente de uma loja de produtos esportivos, já sente no orçamento mensal a alta dos preços do etanol. Ele reclama dos valores e diz que a diferença entre colocar gasolina ou etanol no carro hoje se tornou quase imperceptível. "Com o álcool, preciso de mais de R$ 60 para encher o tanque, que dura pouco. A gasolina custa um pouco mais caro mais e eu consigo andar quase o dobro", disse Dotello. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo, José Alberto Gouveia, afirmou que desde agosto o consumidor já está pagando mais pelo etanol. Na última semana, os postos de São Paulo receberam o litro de álcool das distribuidoras com acréscimo de R$ 0,10 a R$ 0,12.
"Não há como segurar esse alta no preço do etanol, que em uma projeção futura tende a disparar e a gasolina tornar-se mais uma vez vantajosa", disse Gouveia, que afirmou que em relação ao ano passado o valor ainda está abaixo do cobrado. Segundo o presidente do Sincopetro, em 2009 o valor do etanol na bomba chegou, em outubro, a custar R$1,83.O vice-presidente do Sindicom, sindicato que representa os distribuidores de combustíveis, enaltece a responsabilidade dos usineiros no preço do produto para o mercado. Alisio Vaz, disse que os aumentos ao consumidor refletem, provavelmente, a elevação contínua de preços do produto nas usinas."Nas últimas quatro semanas, segundo acompanhamento da Esalq, estes preços aumentaram 17%, ou seja, cerca de 14 centavos. No mesmo período o preço médio do etanol nas bombas no Estado de São Paulo cresceu de R$ 1,42 para R$ 1,51, de acordo com a última medição da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Um aumento de 9 centavos ou 6%", afirmou Vaz.Procurada, a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) informou por meio de um comunicado que o volume de cana-de-açúcar processada pelas unidades produtoras da região Centro-Sul do Brasil na primeira quinzena de setembro atingiu 37,05 milhões de toneladas, queda de 11,93% em relação quinzena anterior. Este recuo se justifica principalmente pelas chuvas que, ainda que de maneira tímida e heterogênea, retornaram ao Centro-Sul na primeira quinzena de setembro. "No acumulado desde o início da safra atual, a moagem de cana-de-açúcar totalizou 417,20 milhões de toneladas, crescimento de 19,53% em relação ao mesmo período da safra anterior", informou a Unica por meio da nota.Para carros flex, o uso do álcool deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina.
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