quinta-feira, 6 de agosto de 2009

TV evangélica cancela humorístico sobre Jesus na Holanda

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O apresentador Arie Boomsma (cortesia EO)

Apresentador já havia sido suspenso por posar para revista gay

A estreia de um programa de TV humorístico sobre a vida de Jesus Cristo foi suspensa por uma emissora evangélica da Holanda após gerar uma comoção entre os telespectadores.

A série Loopt een man over het water ('Um homem anda sobre as águas', em tradução livre) iria estrear no final de agosto na emissora EO, com a proposta de "lançar um diálogo aberto e franco sobre Jesus para acabar com preconceitos", nas palavras de seu idealizador, o apresentador Arie Boomsma.

Considerado um dos artistas mais bem pagos da televisão holandesa, Boomsma havia sido suspenso em março por três meses pela emissora evangélica por ter posado para uma revista gay.

Foram divulgados poucos detalhes sobre o conteúdo da atração, mas o primeiro convidado seria o humorista Guido Weijers, que apresentaria um quadro baseado no Evangelho de Marcos.

Nem o apresentador do programa, Arie Boomsma, nem o humorista Weijers são cristãos.

Polêmica

Mesmo antes de sua estreia, o programa gerou uma maré de protestos de telespectadores e parte da mídia holandesa. Muitos associados da emissora – que contribuem mensalmente com quantias que vão de um euro a cifras milionárias – cancelaram suas assinaturas.

Na última terça-feira, a EO anunciou formalmente o cancelamento da atração.

" Continuamos com o desejo de trazer as pessoas que não conhecem Deus para um diálogo, mas por causa da imagem já distorcida do programa vimos que não iríamos atingir este objetivo", disse à BBC Brasil o presidente da EO , Arian Lock.

A emissora evangélica EO é conhecida por apresentar programas polêmicos, como um, intitulado 40 dias sem Sexo, que enfocava o celibato cristão.

Em outro episódio controvertido, o canal proibiu um de seus mais famosos apresentadores de desfilar no chamado "Barco Sagrado", durante o evento do orgulho gay que ocorreu em Amsterdã na semana passada.

Não vi e nem quero ver esse programa, e tenho raiva de quem o idealizou.

Telespectador

Após o anúncio do cancelamento, o humorista Guido Weijers foi convidado por emissoras de rádio e de TV para mostrar o quadro que apresentaria no programa. Ele brincou com a atenção que passou a receber após o episódio.

"Só assim tive motivo para convocar uma entrevista coletiva na vida", disse.

Desde a suspensão da série, centenas de reações foram publicadas em diferentes sites holandeses. Alguns criticam a iniciativa do programa, sob o argumento de que "Jesus é assunto sério e não se admite o uso de seu nome em vão", nas palavras de um internauta.

"Não vi e nem quero ver esse programa e tenho raiva de quem o idealizou", disse outro.

Um terceiro reclama que "a qualquer hora se pode fazer piadas sobre qualquer outro tema". "O profeta Maomé é sempre alvo de gracinhas e Jesus passa batido. Me pergunto por quê", diz.

Mas há ainda os que se disseram "curiosos" para assistir ao programa: "E eu querendo ver uma coisa nova, sem o peso dos céus..."

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Chineses confiam mais em prostitutas que em políticos, diz pesquisa

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Prostitutas na China (arquivo)

Prostitutas ficaram em 3° lugar em lista de confiabilidade

Uma pesquisa realizada pela internet sugere que os chineses consideram as prostitutas como uma das três categorias profissionais mais confiáveis do país, à frente, inclusive, dos políticos.

A pesquisa foi realizada pela revista Insight China entre junho e julho de 2009, com 3.376 cidadãos chineses.

Segundo a enquete, 7,9% dos pesquisados consideravam as prostitutas confiáveis. Na lista geral, elas estão atrás apenas de fazendeiros e religiosos.

Soldados ficaram em quarto lugar na lista de confiabilidade.

"A inesperada importância das prostitutas na lista de honra... é, sem dúvida, algo muito raro", afirmou o jornal estatal China Daily em um editorial.

"Uma lista como esta é, ao mesmo tempo, surpreendente e constrangedora", disse o editorial.

Políticos ficaram bem abaixo na lista de confiabilidade, junto com cientistas e professores.

"Pelo menos (cientistas e autoridades) não ficaram entre as categorias menos confiáveis, que é formada pelos desenvolvedores imobiliários, secretários, artistas e diretores", dizia o editorial do China Daily.

Prefeitura italiana perde parte dos salários em loteria

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A SuperEnalotto da Itália

O prêmio da loteria ficou acumulado em cerca de 119 milhões de euros

O prefeito da cidade italiana de Ficarra, na Sicília, perdeu parte de seu salário e dos salários dos servidores municipais que havia apostado na loteria do país.

Basilio Ridolfo, o prefeito, e os funcionários da prefeitura tiraram 115 euros (cerca de R$ 305) de seus salários para apostar na loteria italiana SuperEnalotto alegando que usariam o prêmio para reforçar o orçamento da cidade.

A loteria estava acumulada desde janeiro e o prêmio seria 116 milhões de euros (mais de R$ 307 milhões).

Mas o sorteio desta terça-feira não teve vencedores e o prêmio foi acumulado em cerca de 119 milhões de euros.

Planos

De acordo com o correspondente da BBC em Milão Mark Duff, o governo municipal se cansou de esperar pelas verbas que o governo em Roma deve ao município e não tinha nem mesmo a pequena quantia necessária para as apostas.

O prefeito dizia que as chances de ele e os funcionários municipais ganharem na loteria seriam mais altas do que as de receber as verbas pedidas ao governo.

Ridolfo contou com a fé para acertar os seis números da loteria.

"Escolhemos os números que estão ligados à padroeira da cidade, a Nossa Senhora da Assunção", disse o prefeito. "

Ridolfo dizia que metade do prêmio seria gasta em projetos da prefeitura e o restante, dividido entre os 2 mil moradores da cidade.

O prêmio recorde anterior da SuperEnalotto, de quase 100 milhões (cerca de R$ 265 milhões), foi para a cidade também siciliana de Catânia, em outubro de 2008.

Os sorteios da SuperEnalotto ocorrem três vezes por semana, mas o prêmio tem acumulado nos últimos meses porque nenhum apostador conseguiu acertar o seis números. O próximo sorteio será na quinta-feira.

Debate sobre 'o caso' do topless ganha força na França

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St Tropez (arquivo)

Mais de quarenta anos após atrair os primeiros olhares espantados nas praias da Riviera de St. Tropez, nos anos 1960, o topless voltou ao centro do debate na França.

Dentro da tradição intelectual-engajada típica dos debates públicos franceses, um livro e protestos de grupos feministas vieram recentemente alimentar a polêmica sobre se a prática está ou não se tornando cada vez mais rara no país.

A jornalista Regan Kramer, que vive em Paris, é uma das que investigam a razão de "quase não se verem mais mulheres fazendo topless na França".

Ela argumenta que a Aids – "um balde d’água na revolução sexual em geral" – tirou também o prazer subversivo de tomar sol sem a parte de cima do biquíni.

Para a jornalista, que também faz parte do grupo feminista Les Chiennes de Garde – literalmente, As Cadelas de Guarda – outra forte razão seria a publicidade.

Por um lado, disse Kramer, "mais mulheres se sentem incomodadas pela tendência ‘porno-chic’ de espalhar imagens de modelos seminuas em cartazes por todos os lados".

Por outro, ela diz, "fazer topless gradualmente se tornou uma obrigação, e no fim a perspectiva feminista passou de festejar uma liberdade recém-adquirida a rejeitar a pressão sem fim de exibir o 'corpo perfeito'".

Até a destruição da camada de ozônio teve seu papel, ao elevar as preocupações de muitas mulheres com o efeito dos raios solares potencialmente cancerígenos sobre seus seios, afirmou.

Direitos

O debate aterrissou neste verão francês quando a prefeitura parisiense proibiu o topless nas praias artificiais ao longo das margens do rio Sena. A medida levou muitas feministas a sugerir que a França recuou na garantia dos direitos das mulheres de mostrar o que bem entenderem.

Biarritz, França, anos 1980

Para muitas mulheres, o topless representou ter poder sobre o corpo

Críticos da decisão das autoridades parisienses notaram, por exemplo, que o véu que esconde o rosto de muitas muçulmanas permanece autorizado. Nenhuma outra praia francesa proíbe o topless.

Nas piscinas públicas da cidade, o grupo feminista Les Tumultueuses (As Tumultuosas, em tradução livre) vem realizando diversas ações em defesa do topless – evidentemente vestidas a caráter.

No último desses protestos, Natacha, uma das integrantes do grupo, protestou quando a gerência chamou a polícia para dispersar as ativistas.

"Ninguém dá bola para mulheres de topless que aparecem todos os dias nas bancas, ainda que essas imagens sejam degradantes. Mas quando se trata de uma mulher de verdade, aí é um problema, e chama-se a polícia", afirmou.

O grupo distribui folhetos com o slogan "Meu corpo, se eu quiser, quando eu quiser, assim como é" – uma alusão ao slogan pró-aborto que se disseminou nos anos 60, "Um bebê, se eu quiser, quando eu quiser".

Sal e sol

Incorporando elementos à discussão, o historiador Christophe Granger lançou há pouco tempo seu livro Les Corps d’été – “Corpos de verão”, em tradução livre –, que discute o "triângulo amoroso entre as francesas, a nudez e o sol" ao longo do século 20.

Em uma entrevista à revista L'Express, o autor disse que se interessou pela "mudança de significado" atribuído ao corpo na estação ensolarada.

"De repente, o corpo se torna central, é ganha um sentido maior ao mesmo tempo simbólico e afetivo. Todas as trocas sociais, familiares e afetivas se organizam ao redor dele", disse o historiador.

Em seu livro, ele registra essa mudança em diferentes momentos no tempo e no espaço, e como a sociedades reage.

Ninguém dá bola para mulheres de topless que aparecem todos os dias nas bancas, ainda que essas imagens sejam degradantes. Mas quando se trata de uma mulher de verdade, aí é um problema, e chama-se a polícia.

Natacha, ativista por direitos das mulheres

Tal e qual o verão de 1964, quando as primeiras manifestações de topless em St Tropez atraíram olhares espantados. Muitas mulheres se sentiram mais livres e donas de seu próprio corpo, e muitos passaram a ver a prática como "um progresso feminista".

Hábito que, para a jornalista Regan Kramer, "parece estar simplesmente desbotando, como o bronzeado no outono, um processo reforçado como uma espécie de efeito bola de neve, já que é preciso uma massa de mulheres fazendo topless para a maioria se sentir confortável com isso".

A jornalista conta a reação de uma parisiense de 18 anos que foi questionada sobre a disposição de fazer topless na praia.

"Você está brincando?", disse. "Não se sai andando por aí assim na frente das pessoas."

Mas a resposta mudou quando ela considerou a possibilidade de fazer topless se todas as outras mulheres estivessem no mesmo barco.

"Por que não? Pode ser divertido."

Documentos revelam censura a Roberto Carlos pela ditadura argentina

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Discos

Cerca de 150 canções foram censuradas durante a ditadura argentina

O regime militar da Argentina censurou pelo menos seis músicas de Roberto Carlos, entre elas Desayuno (versão em espanhol de Café da Manhã), durante o período da ditadura, nos anos 70.

Um documento divulgado pelas autoridades argentinas lista cerca de 150 canções censuradas para a radiodifusão durante o período e inclui ainda músicas de Donna Summer, Rod Stewart, Eric Clapton e Pink Floyd.

A lista inclui canções de protesto mas, em grande parte, inclui também canções de teor supostamente sexual, ou que falam sobre o uso de drogas, como Cocaine, de Eric Clapton.

O documento foi divulgado pelo Comitê Federal de Radiodifusão (Comfer), o órgão estatal que controla o funcionamento e os conteúdos das emissoras de rádio e TV do país.

O chefe do órgão, Gabriel Mariotto, disse à BBC Mundo que a lista foi encontrada em um escritório do Comfer, quando se arquivavam outros documentos.

"Quando apareceu esta lista de temas censurados, me pareceu muito importante levá-la a público", disse Mariotto.

Censura

Além de Desayuno, as canções Tu Cuerpo, El Progreso, Los Botones, Ilegal, Imoral ou Engorda e Se busca, também de Roberto Carlos, foram censuradas ou classificadas como não aptas a serem tocadas durante o horário de "proteção ao menor", em que crianças e jovens poderiam estar escutando rádio.

Sob o título "canções cujas letras se consideram não aptas para ser difundidas pelos serviços de radiodifusão", estão incluídos outros clássicos da música internacional, como Light My Fire, do The Doors e Je T'aime... Moi Non Plus, do francês Serge Gainsbourg.

Além das músicas românticas, vários autores das chamadas "canções de protesto", como o chileno Victor Jara, a americana Joan Baez e o espanhol Victor Manuel aparecem entre os censurados.

Entre os argentinos, estão incluídos Leon Gieco e Maria Elena Walsh, cujas músicas se converteram em um hino à resistência.

E nem mesmo o tango escapou da censura argentina. La Bicicleta Blanca, de Astor Piazolla e Horacio Ferrer se encontra entre as músicas censuradas.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Garoto que sofreu 'decapitação interna' em acidente volta a dirigir

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Chris Stewart em seu Mini-cooper de corrida em 2006 (Cortesia da família)

Chris Stewart é um dos raros sobreviventes de decapitações internas

Um adolescente de 14 anos que sobreviveu a uma "decapitação interna" – ele teve o crânio separado do restante do esqueleto após um acidente com um carro de corrida – está de volta ao volante.

Chris Stewart tinha 12 anos quando o Mini-cooper que dirigia se chocou contra uma barreira durante uma corrida júnior no condado de Hampshire, sul da Inglaterra, em setembro de 2006.

Com o impacto, seu crânio e pescoço foram separados e a cabeça ficou presa ao corpo somente por pele e músculo.

Em uma cirurgia que durou mais de seis horas, os médicos tiveram de usar pinos e placas de titânio para conectar novamente as duas partes.

Foi o sexto caso conhecido de sobrevivência a esse tipo de incidente, disseram os médicos. Em situações semelhantes, os pacientes ficaram paralíticos.

"A recuperação não pode ser descrita como algo menos que um milagre", disse a mãe do menino, Debbie, 43.

Foram necessários nove meses para que Chris, cujas chances de sobrevivência não superavam 10%, voltasse a falar e se alimentar, já que sua língua também se partiu na base.

Ele conseguiu a proeza de voltar a andar pouco depois do acidente, e agora o s médicos deram o sinal verde para que voltasse também ao banco do motorista.

Raio-x da lesão (Cortesia da família)

Médicos usaram pinos e placas de titânio para reconectar partes separadas

Mas a mãe o proibiu de dirigir carros de corrida. Chris já visitou três vezes neste ano uma pista de kart perto de sua casa.

"É uma recuperação sem igual. Algo que nunca teríamos contemplado em setembro de 2006", disse Debbie.

"Eu ainda tenho dificuldade de entender às vezes, e fico emocionada de estar perto dele sabendo que temos sorte de ainda tê-lo."

Cientistas veem similaridades entre linguagem humana e linguagem corporal de golfinhos

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Golfinho

Linguagem corporal de golfinho seguiria leis semelhantes às que regem a comunicação verbal entre humanos

Especialistas europeus disseram ter detectado semelhanças entre a linguagem humana e a linguagem corporal de golfinhos. Segundo eles, quando golfinhos se movem na superfície da água, tendem a usar sequências mais simples de movimentos, da mesma forma como, entre humanos, as palavras usadas com mais frequência são as mais curtas.

Segundo os pesquisadores da Universidade Politécnica da Catalunha, na Espanha, e da Universidade de Aberdeen, na Grã-Bretanha, as duas espécies seguem a chamada "lei da brevidade" na linguagem, proposta pelo filologista americano George K. Zipf.

"Padrões de comportamento de golfinhos na superfície obedecem à mesma lei da brevidade da linguagem humana, com ambas as espécies procurando os códigos mais simples e eficientes", disse Ramón Ferrer i Cancho, co-autor do estudo, publicado na revista científica Complexity.

Segundo a lei da brevidade, proposta por Zipf e outros, as palavras usadas com mais frequência em uma determinada língua são sempre as mais curtas.

Os pesquisadores observaram o comportamento de golfinhos na costa da Nova Zelândia e verificaram que, seguindo um padrão semelhante, quando estão na superfície da água os animais tendem a utilizar séries simples de movimentos com mais frequência do que outras, mais complexas.

Após as observações, os especialistas identificaram mais de 30 séries de movimentos.

Cada série continha entre um e quatro gestos distintos, ou "unidades". Entre as unidades estavam, por exemplo, bater com a cauda, saltar ou cair de lado.

Os especialistas constataram que os golfinhos usam séries compostas de uma unidade com mais frequência do que as séries que envolvem quatro unidades.

"Os resultados mostram que as estratégias de comportamento simples e eficientes dos golfinhos são similares às usadas por humanos com palavras, e são as mesmas usadas, por exemplo, quando nós reduzimos o tamanho de uma imagem fotografica ou de vídeo de forma a economizar espaço", disse Ferrer.

O pesquisador disse que estudos como esse mostram que a linguagem humana está baseada nos mesmos princípios que governam sistemas biológicos "o que nos leva à conclusão de que as barreiras tradicionais entre as disciplinas deveriams er removidas".

Estudos anteriores constataram que golfinhos se comunicam principalmente por meio de assovios e outros sons. Os especialistas acreditam, no entanto, que eles também usam linguagem corporal quando estão nadando perto uns dos outros.

O conteúdo dessa linguagem complexa, no entanto, não foi decifrado.

Sauditas trabalham como domésticas pela 1ª vez no país

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Milhões de estrangeiras trabalham como domésticas no país

O primeiro grupo de mulheres sauditas que recebeu permissão do governo para trabalhar como empregadas domésticas começou a exercer a profissão.

Até agora, a atividade, considerada degradante, era exercida apenas por estrangeiras – e a decisão de dois anos atrás de permitir que sauditas pudessem exercê-la causou muita controvérsia no país.

O crescente desemprego entre as sauditas foi um dos motivos apontados para justificar a decisão do governo.

De acordo com o jornal saudita Al-Madina, o primeiro grupo de cerca de 30 mulheres começou a trabalhar na cidade de Jedá.

Melhores condições

O jornal afirma que as condições de trabalho das cidadãs sauditas serão melhores do que as das domésticas estrangeiras. Todas elas teriam sido contratadas para trabalhar oito horas por dia por um salário de US$ 400.

Um gerente da empresa responsável por agenciar as domésticas disse ao jornal que as mulheres foram selecionadas depois de uma série de entrevistas e treinamento intensivo.

Hana Uthman disse que outras cem mulheres aguardam entrevistas para trabalhar e que os empregadores assinaram documentos se comprometendo a tratar os empregados de acordo com a lei.

No ano passado, o grupo de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch classificou a profissão de empregada doméstica na Arábia Saudita como uma espécie de escravidão.

“Elas (as domésticas) tem que entregar seus passaportes ao empregador, trabalham até 20h por dia, podem sofrer abuso sexual e frequentemente não recebem salário”, diz o analista da BBC para assuntos árabes Sebastian Usher.

Segundo ele, “cerca de dois milhões de mulheres anualmente, a maioria delas asiáticas, aceitam o risco para tentar uma vida melhor”.

“Se elas querem ir embora não podem porque estão sem seus passaportes. Milhares buscam refúgios anualmente em embaixadas”, diz ele.