sábado, 17 de abril de 2010

Novo vírus 'chantageia' usuários que baixam conteúdo pornô

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Teclado

O vírus já pode ter atacado mais de 5 mil usuários no Japão

Um novo tipo de vírus virtual infecta computadores que utilizam uma rede de compartilhamento de arquivos e publica o histórico de navegação em um site para chantagear os usuários, pedindo dinheiro em troca da remoção dos dados.

O vírus do tipo Trojan, ou Cavalo de Tróia, que têm o objetivo de roubar dados, é jáponês e se instala nos computadores de usuários que utilizam o popular serviço de compartilhamento de arquivos chamado Winni, usado por 200 milhões de pessoas.

Batizado de Kenzero, ele ataca usuários que baixam cópias ilegais dos games Hentai – uma espécie de anime erótico.

Segundo o website japonês Yomiuri, cerca de 5,5 mil pessoas já afirmaram que foram infectadas pelo programa.

O vírus se “camufla” como uma página de instalação do game e pede detalhes pessoais do usuário.

O programa então copia as imagens da tela do computador do usuário e de seu histórico de navegação antes de enviar um e-mail ou aparecer como um ícone pop-up pedindo o pagamento de cerca de 1500 ienes (R$ 28) via cartão de crédito para que o usuário “resolva sua violação da lei de direitos autorais” e para que tenha os dados removidos do website.

‘Gangue’

O site que arquiva e publica as informações pertence a uma empresa fictícia chamada Romacing Inc. e está registrada com o pseudônimo de Shoen Overns.

“Já vimos esse nome relacionado com os vírus trojan Zeuz e Koobface. Se trata de uma gangue criminosa já conhecida que segue envolvida nesse tipo de atividade”, disse Rik Ferguson, assessor de segurança da empresa Trend Micro, que vem monitorando o vírus.

Segundo ele, o Kenzero é uma forma de ransomware – nome dado aos vírus trojan que cobram resgate, também chamados de vírus extorsivos. O programa infecta o computador, codifica os documentos, imagens e músicas armazenadas e exije o pagamento de uma taxa para uma senha de decodificação.

Europa

Ferguson afirma ainda que uma variante do vírus tem atacado vítimas na Europa.

Uma organização fictícia que se denomina “IPCC – a fundação dos direitos do autor” emite pop-ups e e-mails depois que o vírus inspeciona o disco rígido em busca de conteúdo ilegal, ainda que não encontre nada comprometedor armazenado no computador.

Logo depois, a empresa oferece uma taxa para se chegar a um acordo “preliminar ao julgamento” de US$ 400 (R$ 700), a ser paga via cartão de crédito. A companhia fictícia ainda alerta sobre os altos custos das taxas de tribunais e menciona possíveis sentenças de prisão caso a vítima ignore a oferta.

De acordo com Ferguson, em vez de debitar o dinheiro, a empresa vende os detalhes do cartão de crédito da vítima.

“Se você perceber que está recebendo mensagens de pop-up exigindo pagamentos para solucionar infrações de lei, ignore os avisos e use um antivírus gratuito online imediatamente para verificar se o computador está infectado”, disse ele.

Ele recomenda ainda que o download de arquivos seja sempre feito de websites confiáveis para evitar esse tipo de problema.

Aluguéis sobem quatro vezes mais que inflação em SP

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A escassez de imóveis tem pressionado os preços de locação, movimento que se acelerou em março. O valor do aluguel dos contratos novos residenciais subiu 10,02% no acumulado dos últimos 12 meses na capital paulista. O percentual é quatro vezes maior do que a variação de 1,94% do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) no período --utilizado como base de reajuste de 90% dos contratos antigos.

Com o aumento, um imóvel que podia ser alugado por R$ 1.000 há um ano, passou a ser oferecido no mercado por R$ 1.100 em março. Já os contratos de inquilinos com aniversário em março e com correção pelo IGP-M passaram para R$ 1.019,40 --diferença de R$ 80,60. O levantamento do Secovi (sindicato da habitação) de São Paulo foi obtido pela Folha.

Na comparação mensal, houve variação de 2% ante fevereiro, a maior desde julho de 2008. O vice-presidente de gestão patrimonial e locação do Secovi, Francisco Crestana, destaca que a recuperação da renda com aluguéis vem ocorrendo nos últimos anos após uma década de estagnação.

`Um dos principais fatores para o aumento dos preços é a baixa oferta de imóveis. Por muitos anos, os proprietários foram desestimulados a colocar as unidades no mercado e muitos preferiram deixar eles fechados`.

Segundo ele, as recentes mudanças na Lei do Inquilinato, que tornou as regras de locação mais claras, farão com que mais donos de imóveis aluguem, o que poderá fazer com que esses aumentos desacelerem. Além disso, há unidades que estão em construção e que também poderão ser oferecidas para a locação.

Em relação aos contratos antigos, com reajuste pelo IGP-M, a tendência é de alta, segundo Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

No ano passado, o indicador fechou em deflação de 1,72%. `Os meses inicias do ano já mostraram que a tendência é de alta, com o IGP-M tendo forte aceleração`, diz. Em janeiro o aumento foi de 0,63%, em fevereiro de 1,18% e em março de 0,94%. Entre os fatores de pressão do IGP-M estão os preços de commodities e do atacado.

No entanto, Quadros não acredita que a alta será semelhante a que ocorreu em 2008, quando o índice foi a 9,81%. Ele diz que ficará abaixo disso em 2010, mas não faz estimativas.

O levantamento apontou que a maior alta foi encontrada em unidades de dois dormitórios, de 11,1% nos últimos 12 meses. Em seguida vêm os de um (9,9%) e três dormitórios (8,2%).

No mês passado, o fiador foi a garantia utilizada em metade dos contratos de imóveis analisados na capital, seguido pelo depósito em dinheiro ou caução (30%) e pelo seguro-fiança (20%).

A pesquisa do Secovi mostrou ainda que casas e sobrados demoraram entre 10 e 27 dias para serem alugados, enquanto os apartamentos, de 16 a 34.

Governo de SP devolve R$ 12,8 mi de IPVA a donos de veículos roubados

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O governo de São Paulo anunciou nesta quinta-feira que vai devolver R$ 12,8 milhões de IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) a contribuintes que tiveram veículos roubados ou furtados em 2009 no Estado. O reembolso será proporcional ao número de meses em que o motorista ficou sem o carro, e vai beneficiar quem já havia pago o tributo quando ocorreu o crime.

Segundo a Secretaria da Fazenda do Estado, as devoluções para 48,7 mil proprietários serão pagas em quatro lotes até o final de abril --o primeiro lote foi desembolsado em 15 de março. O reembolso é automático, devido à integração dos sistemas da Secretaria de Segurança Pública, do Detran e da Fazenda.

Os valores ficarão à disposição do proprietário --na data da ocorrência-- no banco Nossa Caixa. A Fazenda ressalta, porém, que o contribuinte que estiver inadimplente não poderá resgatar o valor enquanto houver a pendência. O contribuinte precisa ter feito o boletim de ocorrência para ter o benefício.

No caso de recuperação do veículo, volta a ser devido o IPVA no exercício em que ela ocorrer, proporcionalmente aos meses que restarem até o final do respectivo ano.

As datas de liberação dos recursos são, de acordo com a época do roubo ou furto: primeiro trimestre de 2009, 15 de março; segundo trimestre, 31 de março;terceiro trimestre, 15 de abril; quarto trimestre, 30 de abril.

Para consultar o valor da restituição, o contribuinte deve acessar a área do IPVA no site da Secretaria da Fazenda e clicar no link `Restituição`. É preciso informar o Renavam do veículo e o número do boletim de ocorrência.

Recusa de cheque pode gerar danos morais

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Se o comerciante possibilita pagamento em cheque, não pode se recusar recebê-lo com alegação falsa. Esse é o entendimento da ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, que reconheceu a existência de danos morais e determinou a volta do processo ao tribunal de origem para deliberação das demais controvérsias.

A ação foi movida por uma consumidora que tentou adquirir um carrinho de bebê com cheque, mas a loja recusou alegando insuficiência de saldo. O motivo da recusa foi anotado no verso da folha de cheque e, imediatamente depois disso, ela efetuou a compra com débito em conta corrente por cartão. No processo, a consumidora pediu indenização por danos materiais e morais contra a loja e a empresa responsável pela verificação de cheques.

Em primeira e segunda instâncias, o pedido de indenização foi negado. Entendeu-se que não haveria dano moral e sim um mero dissabor à consumidora, o que não tem potencial de gerar ofensa ou humilhação. Também foi afirmado que o cheque não é título de crédito de curso forçado, ou seja, aceitação obrigatória.

No recurso ao STJ, a defesa da consumidora alegou ofensa aos artigos 186, 187 e 927 do Código Civil. E que há discordância jurisprudencial sobre o mesmo tema no próprio STJ. Também afirmou que o fato de ter concluído a compra com cartão de débito não afastaria o dano moral.

A ministra Nancy Andrighi reconheceu que cheques realmente não têm curso forçado e sua recusa não gera dano moral. “Todavia, o estabelecimento comercial, ao possibilitar, inicialmente, o pagamento de mercadoria por este meio, renunciou a sua faculdade de aceitação e se obrigou a demonstrar a justa causa na recusa”, esclareceu. A ministra afirmou que negar sem justa causa seria ofender o princípio da boa-fé.

Para ela, não há uma justa causa para negar o pagamento por talonário, já que a consumidora não tinha seu nome inscrito em cadastros de proteção ao crédito e que a compra com débito direto na conta-corrente via cartão comprovaria que sua conta tinha fundos para realizar a transação. A ministra Andrighi também apontou haver diversos precedentes no STJ afirmando que a devolução indevida de cheques gera dano moral. Com informações da assessoria de imprensa do STJ.

Resp 981.583

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Entenda os perigos de voar em nuvens de cinzas vulcânicas

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Nuvem de cinzas sobre a geleira de Eyjafjallajokull

Nuvem de cinzas sobre a geleira de Eyjafjallajokull, na Islândia

A decisão das autoridades de aviação da Grã-Bretanha de fechar o espaço aéreo do país, nesta quinta-feira, diante da proximidade de uma nuvem de cinzas originada por um vulcão na Islândia, trouxe à tona um perigo relativamente pouco conhecido por passageiros e leigos.

Segundo especialistas, esse tipo de fenômeno é capaz de estragar janelas e estruturas de aeronaves, ou até parar as turbinas dos aviões em pleno voo.

"Se partículas de cinzas vulcânicas entram em uma turbina, elas se acumulam e entopem o motor com material derretido", explicou à BBC David Rothery, especialista em vulcões da Open University.

Em um dos incidentes mais dramáticos já registrados, em 1982, um Boeing da British Airways com 263 passageiros a bordo ficou com as turbinas travadas durante vários minutos depois de atravessar uma nuvem de cinzas na Indonésia. Ao perder altitude e sair da nuvem, o material derretido se condensou e se soltou, e os motores voltaram a funcionar.

Tripulantes e passageiros depois relataram que o avião também ficou cercado de faíscas - por causa do fenômeno conhecido como Fogo de Santelmo -, que as janelas foram atingidas pelo que parecia ser areia e que um forte cheiro de enxofre invadiu a cabine, forçando-os a respirar com máscaras de oxigênio.

Com as vidraças quebradas, os pilotos foram obrigados a aterrissar apenas por instrumentos em Jacarta.

Em 1989, uma aeronave da KLM sofreu problemas semelhantes ao atravessar uma nuvem de cinzas vulcânicas no Alasca.

Prejuízo

Segundo Rothery, o incidente resultou em uma mudança nas instruções de emergência para pilotos nestes casos.

"Antigamente, quando os motores começavam a falhar, a prática comum era aumentar a potência. Mas isso só piora o problema das cinzas", explicou.

"Hoje em dia, o piloto desacelera e perde altitude para tentar sair da nuvem de cinzas assim que possível. Uma rajada de ar frio e limpo normalmente é suficiente para limpar e desentupir as turbinas."

Mesmo que não resulte em um incidente grave, a invasão de cinzas em uma turbina faz com que ela seja praticamente inutilizada para futuros voos, de acordo com David Learnout, especialista em aviação do site Flight Global.com.

Em entrevista à BBC Brasil, Learnout disse que isso gera um prejuízo econômico enorme para as companhias aéreas.

"Mesmo que a turbina volte a funcionar, ela perde sua eficiência e passa a gastar muito mais combustível", explicou. "A companhia aérea tem que simplesmente jogar fora esses motores danificados. E o motor responde por um terço do custo de uma aeronave."

Além disso, a maneira como as cinzas atingem o avião altera a forma de todos os seus componentes, segundo Learnout.

Segundo Dougal Jerram, geólogo da Universidade de Durham, as nuvens de cinzas vulcânicas são lançadas na atmosfera após a erupção explosiva de vulcões.

"Se forem lançadas a uma grande altitude, essas cinzas podem chegar às correntes de ar e serem dispersadas pelo resto do planeta, como por exemplo, da Islândia para o resto da Europa", disse. " E é nessas altitudes que os aviões voam."

Suspensa liminar que proibiu cobrança do ponto extra

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O Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu os efeitos da liminar que proibiu a cobrança do ponto extra de TV por assinatura até a sentença de mérito na Ação Civil Pública proposta pelo Procon. O desembargador João Alfredo de Oliveira Santos, da 6ª Câmara de Direito Público, concluiu que a Súmula 9, editada pela Anatel em março deste ano, permite que a empresa escolha a forma de cobrança, “desde que haja previsão contratual entre a prestadora dos serviços e o assinante”.

A decisão do desembargador se deu por meio de Agravo de Instrumento interposto pela defesa da Net, que é ré no processo ao lado da Telefonica e da Comercial Cabo TV. A Net foi representada pelo escritório Camargo Aranha Advogados Associados.

Diferente da juíza da 6ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, que baseou sua decisão na Resolução 528/09 da Anatel, o desembargador preferiu se apoiar na Súmula 9 da agência reguladora, que foi editada posteriormente. Editada em abril de 2009, a resolução proíbe a cobrança pelo uso do ponto extra de TV por assinatura. A Súmula 9, por outro lado, prevê que: o Regulamento de Proteção e Defesa dos Direitos dos Assinantes dos Serviços de Televisão por Assinatura não veda que a prestadora e o assinante disponham livremente sobre a forma de contratação do equipamento conversor/decodificador, sendo cabível, portanto, que o façam por meio de venda, aluguel, comodato, dentre outras, vedado o abuso do poder econômico.

Diante da súmula, disse o desembargador, cai por terra o argumento usado para conceder a liminar de que a cobrança mensal pelo aluguel do equipamento é impossível. “Nessa parte, porque presentes os pressupostos legais, fica deferido o efeito suspensivo (exclusivamente cobrança mensal pelo aluguel do equipamento) — mas desde que haja previsão contratual, entre a prestadora dos serviços e o assinante”, concluiu.

A juíza Cynthia Thomé, na liminar, ressaltou que as empresas poderiam cobrar apenas pela instalação do ponto extra, manutenção da rede e dos conversores ou decodificadores. Em caso de descumprimento da decisão, previu multa diária de R$ 30 mil.

Processo 990.10.150707-2

Leia a decisão

Trata-se de A.I. interposto contra a decisão copiada à fl. 546 que, em ação civil pública, deferiu o pedido de liminar feito pela autora Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), para que as rés NET São Paulo Ltda, Telefônica Sistema de Televisão S/A e Comercial Cabo TV São Paulo S/A, se abstenham de cobrar pela utilização de ponto extra a partir da mensalidade seguinte à data da intimação, sob pena de multa diária de R$ 30.000,00 bem como da decisão de fls. 646 que, em pleito de reconsideração, manteve aquela anterior, `esclarecendo a impossibilidade de cobrança mensal pelo aluguel do equipamento` e que, após manifestação da autora a questão seria novamente analisada.

A primeira decisão foi lavrada nos seguintes termos:

`Trata-se de ação proposta visando a concessão de liminar para o fim de `determinar às rés que até o julgamento da lide, se abstenham de cobrar pela utilização do ponto-extra, autorizando-as a cobrarem apenas e tão somente pela instalação do ponto-extra, manutenção da rede e dos conversores/decodificadores, tal como determina a Resolução 528/09, sob pena de multa diária de R$ 30.000,00 pelo eventual descumprimento da ordem. Presentes os requisitos legais, defiro a liminar pleiteada. Analisando sumariamente os fatos, constata-se que a cobrança pela utilização do ponto-extra afronta as normas regulamentares, assim como a norma legal. Em 22 de abril de 2009, a ANATEL expediu a Resolução 528/09, alterando os artigos 29 e 30 da Resolução 488/07, os quais proíbem, explicitamente, a cobrança pela utilização do ponto-extra. Também há de ser considerado que não há serviço permanente e contínuo referente ao ponto-extra. Em consequência, a cobrança por serviço não prestado caracteriza enriquecimento ilícito e prática abusiva. Por outro lado, a cobrança em questão atinge milhares de consumidores, e eventual reparação será extremamente difícil e morosa. Posto isso, concedo a liminar para o fim de determinar às rés que se abstenham de cobrar pela utilização do ponto-extra, a partir da mensalidade seguinte à data da intimação desta decisão, sob pena de multa diária de R$ 30.000,00. Citem as rés para contestarem a ação. Após, ao Ministério Público.`

Alega a agravante que a concessão da liminar, de plano, sem ouvir a parte contrária, fere os princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório. Sem razão, na medida em que inexiste qualquer impedimento no sentido do deferimento de plano de liminar. Presentes os pressupostos, possível a concessão. A agravante também se insurge quanto à expressão `análise sumária dos fatos` utilizada na decisão recorrida. Ora, expressão de praxe e que se refere tão-só aos requisitos da liminar e não ao mérito da matéria. Em agravo de instrumento (990.10.138328-4) tirado contra a mesma decisão, por Telefônica Sistema de Televisão S/A, foi indeferido o efeito suspensivo, pelos motivos seguintes:

`Segundo LUIZ RODRIGUES WAMBIER, mesmo antes da Lei 10.352 de 2001, já estava pacificado o entendimento de que o art. 558 autoriza o relator do agravo não apenas a suspender o ato recorrido, como também a conceder liminarmente uma providência negada em 1º (`efeito ativo`). (Curso Avançado de Processo Civil V.1 9ª Edição Pág. 572 Editora RT). Já JOSÉ CARLOS BARBOSA MOREIRA ensina que `a lei não obriga o relator a deferir o requerimento de suspensão nem estabelece pressupostos do deferimento, a par da indicação das hipóteses em que cabe. O texto atual utiliza conceitos jurídicos indeterminados (`lesão grave e de difícil reparação, fundamentação `relevante`), cuja determinação in concreto, como não poderia deixar de ser é tarefa confiada ao relator, na qual com certeza atuará boa dose de subjetividade.` (Comentário ao Código de Processo Civil Vol V — 13ª edição, pág 683 Editora Forense).

A tutela recursal liminar seja para suspender os efeitos da decisão de 1º grau ou para atribuir a esta o efeito ativo, pressupõe a conjugação de alguns fatores, conforme previsão do art. 527, inciso III, combinado com 558 do CPC. Com relação aos efeitos do agravo de instrumento, discorre HUMBERTO THEODORO JÚNIOR: `o efeito suspensivo poderá, em determinados casos, ser concedido pelo relator, para eliminar o risco de danos sérios e de reparação problemática. A propósito, o art. 558, com a redação da Lei 9.139/95, prevê que, a requerimento do agravante será possível a suspensão do cumprimento da decisão agravada `até o pronunciamento definitivo da turma ou câmara`, mediante decisão do relator`, conforme hipóteses nele previstas.

Em todas as hipóteses cogitadas, o ato do relator dependerá de apresentar-se o pedido de suspensão apoiado em `relevante fundamentação, como esclarece o art. 558. Não basta, pois, a afirmação pura e simples de que o agravo se volta contra o decreto de prisão civil ou remição de bens, nem que o agravante pode sofrer prejuízo sério com a medida judicial atacada.

A pretensão deverá, desde logo, manifestar-se como escorada em motivos reveladores de fundamentos convincentes e relevantes, capazes de evidenciar a verossimilhança do direito da parte e a intensidade do risco de lesão séria (isto é, de `dano grave e de difícil reparação`). Em outros termos: os requisitos para obtenção do efeito suspensivo no despacho do agravo serão os mesmos que, anteriormente, a jurisprudência havia estipulado para a concessão de segurança contra a decisão judicial, na pendência de recurso apenas devolutivo: o fumus boni iuris e o periculum in mora.`(Curso de Direito Processual Civil Volume I 48ª edição pág. 690 Editora Forense).

No caso dos autos, não demonstraram as agravantes a presença desses requisitos. Pelo contrário, a plausibilidade do direito invocado pelo agravado é patente (fumus boni iuris) e, como anotado, a `cobrança em questão atinge milhares de consumidores, e eventual reparação será extremamente difícil e morosa` (periculum in mora). Vale dizer, eventual revogação da liminar não será inócua, já que a todo tempo os valores devidos poderão ser cobrados, mesmo porque lançados em fatura única. A devolução, por outro lado, como mostra a experiência, é um verdadeiro calvário. Por tais razões, indefiro o efeito suspensivo já que ausentes os requisitos necessários à sua concessão`. Pois bem, fica aqui ratificada a fundamentação para indeferir o efeito suspensivo no que se refere à primeira decisão. Ressalte-se que a decisão está bem motivada, com enfoque especial no pressuposto do `periculum in mora`.

Contudo, diversa a questão referente à cobrança pelo aluguel do equipamento. A primeira decisão foi calcada na Resolução 528/09, da ANATEL. Ocorre que a Súmula nº 9, da mesma ANATEL, de 19 e março de 2010, edita que: `O Regulamento de Proteção e Defesa dos Direitos dos Assinantes dos Serviços de Televisão por Assinatura não veda que a prestadora e o assinante disponham livremente sobre a forma de contratação do equipamento conversor/decodificador, sendo cabível, portanto, que o façam por meio de venda, aluguel, comodato, dentre outras, vedado o abuso do poder econômico`. Assim, cai por terra o argumento, pelo menos em termos de liminar, de que a cobrança mensal pelo aluguel de equipamento é impossível (conforme segunda decisão). Nessa parte, porque presentes os pressupostos legais, fica deferido o efeito suspensivo (exclusivamente cobrança mensal pelo aluguel do equipamento) - mas desde que haja previsão contratual, entre a prestadora dos serviços e o assinante. Oficie-se.

Solicite-se informações à MM. Juíza. Intime-se a agravada para resposta. Após, à d. Procuradoria de Justiça.

São Paulo, 12 de abril de 2010

Motorista "atropelado" por boi será indenizado com R$ 7.650

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O juiz da 1ª Vara Civel de Tatuí (SP), Rafael Bragagnilo Takejima, condenou o organizador da Festa do Milho Verde de Capela do Alto (SP), Péricles Gonçalves, a reparar o cidadão Paulo Pinheiro de Freitas em R$ 7.650,00 por danos morais. Além da parcial destruição de seu carro, Paulo teve um dedo de sua mão quebrado.

O Município de Capela do Alto já havia pago pelos estragos do carro, um Ford Ka. Na cidade paulista se realiza anualmente a Festa do Milho Verde, que é um evento popular, que inclui barracas típicas, shows sertanejos e rodeios.

Em 26 de março de 2008, Paulo - que é ajudante industrial - foi ao recinto onde se realizava a festa. Já saía do evento, quando um boi fugiu da arena de rodeio, pulou a cerca e, em alta velocidade, chocou-se contra o carro de Paulo. O animal entrou pela janela do lado do motorista e acabou causando ferimentos no mesmo, que teve um de seus dedos quebrado.

O requerente da ação passou por cirurgia e depois tratamento fisioterapêutico, tendo de ser afastado de seu emprego, inclusive buscando empréstimo junto a uma instituição bancária.

Apesar da vitória, o advogado Claudio Dias Batista - que atua em nome do autor da ação - diz que a exclusão da Prefeitura não poderia ter ocorrido. `Vamos avaliar o que faremos neste caso, inclusive a possibilidade de pedir um aumento na condenação`. O pedido inicial fora de R$ 41.500 de indenização.

A sentença foi publicada na última sexta-feira (9). Da decisão ainda cabe recurso. (Proc. nº 1849/2008 - 2008.010836-7).

Agência europeia diz que nuvens de cinzas vão afetar 60% dos voos nesta sexta-feira

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Pelo 2º dia seguido, cinzas vulcânicas da Islândia complicam o tráfego aéreo na Europa


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As nuvens de cinzas vulcânicas vindas da Islândia vão afetar os voos na Europa pela segundo dia consecutivo nesta sexta-feira (16). A informação é da Organização Europeia pela Segurança do Tráfego Aéreo (Eurocontrol). Segundo a agência, a expectativa é que cerca de 11 mil voos aconteçam durante as próximas 24 horas, o que corresponde a 40% do tráfego aéreo europeu em condições normais.

"Aproximadamente 600 voos transatlânticos devem ocorrer, 300 em cada direção. Dos 300 voos que chegam normalmente à Europa pela manhã, de cem a 120 deverão ser registrados hoje", diz o comunicado da Eurocontrol.

Com o atual prognóstico, o número de cancelamentos deverá ser alto durante todo o dia, já que os espaços aéreos de Reino Unido, Alemanha, França, Suécia, Irlanda, Noruega, Bélgica, Dinamarca, Polônia e Holanda está total ou parcialmente fechado, de acordo com a rede CNN.

Quatro dos principais aeroportos do mundo – Heathrow (Londres), Charles de Gaulle (Paris), Schiphol (Amsterdã) e Frankfurt (Alemanha) – estiveram fechados neste início de sexta-feira.

O geofísico da Universidade de Bristol, Matthew Watson, disse à CNN que a retomada das operações normais só será possível é quando vulcão na geleira de Eyjafjallajokull parar de lançar cinzas a altitudes de até 11 km.

Nessa altura, aviões comerciais de grande porte poderiam ser atingidos pelas cinzas, causando pane nos motores. Segundo Watson, os cientistas também esperam que os ventos ganhem força e dispersem as nuvens, que ainda se dirigem para o leste e o sudeste do continente europeu.

Se a situação não apresentar uma significativa melhora nesta sexta-feira, o enterro do presidente da Polônia, Lech Kaczynski, não deve mais acontecer no próximo domingo (18), como estava previsto.

As autoridades polonesas disseram que vão estudar a situação e devem soltar um comunicado até o fim do dia com a confirmação ou o adiamento da data do funeral.