sexta-feira, 24 de julho de 2009

Passagens aéreas devem ficar mais baratas no segundo semestre

0

SÃO PAULO - Quem for viajar de avião nos próximos meses, deve encontrar passagens aéreas mais baratas.

Isso porque as companhias brasileiras devem acirrar a competição nos preços promocionais neste segundo semestre, devido ao descasamento entre a oferta de assentos e o fluxo de passageiros ocorrido nos primeiros seis meses do ano, resultando em queda de 4,29 pontos percentuais na taxa de ocupação das aeronaves (63,15%), em relação ao mesmo período de 2008 (67,44%).

`Baratear os preços é geralmente o recurso que as empresas com excesso de oferta usam na tentativa de estimular a demanda ou atrair passageiros dos concorrentes`, afirma o consultor do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), Ricardo Gondim.

Motivos
Entre janeiro e junho deste ano, a oferta de assentos nos aviões acumulou alta de 10,2%, enquanto que a demanda subiu 3,2%, na comparação com os primeiros seis meses de 2008.

De acordo com relatório da Link Investimentos, o desequilíbrio se deu, especialmente, pelo fato das duas maiores empresas do setor terem se preparado antecipadamente para aumentarem suas frotas em 2009, como parte de seus planos de expansão.

Contudo, a redução da demanda no primeiro semestre do ano e o avanço das empresas de menor porte em alguns trechos relevantes fizeram com que a média que um passageiro paga por km voado esteja em patamares semelhantes aos do ano passado.

Como a redução do crescimento da frota é algo difícil no curto prazo, a redução das tarifas é a solução mais viável para o problema neste momento.

Liminar determina que banco transfira vencimentos de servidora sem a cobrança de taxa

0

A Juíza Annie Kier Herynkopf, da 1ª Vara Judicial de Guaporé, concedeu liminar para determinar que o Banrisul realize a transferência dos vencimentos de servidora pública municipal para sua conta em outro banco, no mesmo dia de sua disponibilização e sem a cobrança de taxa. A decisão é do dia 21/7.

Segundo a autora, o Banrisul, banco no qual são depositados seus vencimentos, negava-se a transferir os valores para sua conta junto a Caixa Econômica Federal de forma gratuita. Enfatizou que a instituição está descumprindo o disposto da Resolução nº 3.402/06 do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Ressaltou a Juíza Annie Herynkopf que o contrato de venda da folha de pagamento dos servidores das Prefeituras do Estado assinado pelo banco Estadual e a FAMURS determina que serviços de pagamento de salários sejam prestados pelo Banrisul, na forma estabelecida nas Resoluções do CMN. Apontou que no artigo 2ª, inciso II, Resolução nº 3.402/06 do Conselho determina que a “a instituição financeira contratada deve assegurar a faculdade de transferência, com disponibilidade no mesmo dia dos créditos para conta de depósitos de titularidade dos beneficiários (...)”.

Para a magistrada está presente a verossimilhança na alegação da demandante e justificado receio de dano de difícil reparação, “uma vez que estão sendo cobradas tarifas bancárias desnecessárias”. A Juíza determinou, em liminar, que o banco disponibilize no mesmo dia o total dos vencimentos da servidora, facultando a transferência via DOC ou TED, sem cobrança de tarifas, em conta da CEF.

O processo segue tramitando na Comarca de Guaporé.

Claro reverte condenação por publicidade em que filho chama pai de picareta

0

A 4ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça reformou sentença da Comarca Capital que condenou a empresa de telefonia Claro (BCP S/A) ao pagamento de indenização de R$ 20 mil por danos morais, pela exibição de uma propaganda em que um filho chama o próprio pai de `picareta`. De acordo com os autos, o Ministério Público ajuizou ação contra a empresa, em virtude de um comercial com estas características, exibido em rede nacional e horário nobre.

No entendimento do MP, a propaganda agredia “valores” que devem ser preservados na família. Durante a publicidade sobre um plano telefônico no qual o cliente pré-determina o valor da conta, a mãe anuncia à família que a tarifa mensal chegou. Antes que ela revele o valor, o pai afirma já saber que a quantia é de R$ 50,00. Neste meio tempo, o filho diz `é um picareta mesmo`.

Descontente com a condenação, a Claro recorreu ao TJ com pedido de absolvição, sob o argumento da publicidade estar enquadrada no contexto da realidade atual, sem o poder de provocar dano moral coletivo. A Câmara decidiu dar provimento ao recurso e absolver a ré. `A propaganda faz uso de expressão de mau gosto e é totalmente inadequada ao fim buscado, a despeito do propósito de explorar o bom humor em uma situação envolvendo uma típica família brasileira. Mas daí a se concluir que o termo ‘picareta’ ofende a entidade familiar ou estimula o tratamento desrespeitoso dos filhos em relação aos pais vai uma distância muito longa, que não se quer, em absoluto, percorrer`, proferiu relator da matéria, desembargador substituto Jânio Machado.

O magistrado também ressaltou que casos como esse, se tiverem órgãos competentes para fiscalizá-los, devem ser encaminhados a eles. ` Sabe-se que Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária [...] busca garantir a aplicação do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. Pode-se afirmar, então, que a sociedade civil encontra-se organizada para coibir a publicidade que fere o senso comum e venha a agredir valores caros à família brasileira. E se assim é, cabe destinar ao Judiciário uma tarefa mais nobre, evitando-se o seu envolvimento em questões de somenos importância`, finalizou. A decisão foi unânime. (Apelação Cível nº 2007.022085-4)

HSBC é condenado por impedir a entrada de cliente no banco

0

O HSBC foi condenado ao pagamento de indenização, a título de danos morais, no valor de R$ 7 mil por impedir a entrada de cliente em agência bancária. A decisão é do desembargador Camilo Ribeiro Rulière, da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, que manteve a sentença da 3ª Vara Cível de Niterói.

Marluzi Machado de Oliveira Medeiros conta que, em janeiro de 2008, acompanhou o seu tio analfabeto à agência da instituição ré e, ao tentar entrar no estabelecimento, a porta giratória travou, havendo várias tentativas da autora de ingressar, sem êxito. Mesmo depois de ter despejado todos os seus pertencer no chão, a sua entrada não foi liberada pelos seguranças e nenhum preposto do banco compareceu até a entrada para solucionar o problema.

De acordo com o desembargador relator, `nesse diapasão, o simples travamento da porta giratória, por si só, não configura dano moral, porém a prova produzida nos autos, em especial os depoimentos colhidos em audiência, fls. 108/10, demonstram que houve excesso por parte do preposto do banco, a uma porque o vigilante poderia, após averiguar a inexistência de qualquer objeto metálico em poder da apelada, destravar a porta; e a duas porque deveria ter solicitado a presença do gerente da agência, caso persistisse qualquer dúvida`.

Processo nº: 2009.001.18069

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Trabalhar demais 'aumenta risco de demência', diz estudo

0

Estresse (arquivo)

O estresse causado pelo excesso de trabalho pode ser uma das causas do problema

Uma pesquisa liderada por cientistas finlandeses sugere que excesso de trabalho pode aumentar o risco de declínio mental e, possivelmente, de demência.

Demência é um termo genérico que descreve a deterioração de funções como memória, linguagem, orientação e julgamento. Existem vários tipos de demência, mas o mal de Alzheimer, com dois terços dos casos, é a forma mais comum.

O estudo analisou 2.214 funcionários públicos britânicos de meia idade e descobriu que aqueles que trabalhavam mais de 55 horas por semana tinham menos habilidades mentais do que os que faziam o horário normal.

A pesquisa, divulgada na publicação científica American Journal of Epidemiology, descobriu que os que trabalhavam demais tinham problemas com a memória de curto prazo e lembrança de palavras.

Ainda não se sabe a razão de o excesso de trabalho causar estes efeitos no cérebro.

Mas os pesquisadores afirmam que os fatores mais importantes podem incluir o aumento de problemas do sono, depressão, estilo de vida prejudicial à saúde e o aumento do risco de doenças cardiovasculares, possivelmente ligados ao estresse.

"As desvantagens das horas extras devem ser levadas a sério", afirmou a pesquisadora que liderou a pesquisa Marianna Virtanen, do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional.

Efeito cumulativo

Os funcionários públicos que participaram do estudo fizeram cinco testes diferentes para avaliar a função mental, uma vez entre 1997 e 1999 e novamente entre 2002 e 2004.

Os que faziam mais horas extras tiveram pontuações menores em dois dos cinco testes, que avaliavam raciocínio e vocabulário.

Os efeitos eram cumulativos, quanto mais longa a semana de trabalho, piores eram os resultados nos testes.

Os empregados que trabalhavam em excesso tinham menos horas de sono, relatavam mais sintomas de depressão e consumiam mais bebidas alcoólicas do que os que trabalhavam apenas no horário normal.

O professor Mika Kivimäki, que também trabalhou na pesquisa afirmou que os cientistas vão continuar com o estudo.

"É particularmente importante examinar se os efeitos são duradouros e se o excesso de trabalho pode levar a problemas mais graves como demência".

Cary Cooper, especialista em estresse no local de trabalho na Universidade de Lancaster, Grã-Bretanha, afirmou que já se sabe há algum tempo que trabalhar em excesso de forma regular pode prejudicar a saúde em geral, e agora este estudo sugere que também pode haver danos ao funcionamento mental.

"Isto deve enviar uma mensagem aos empregadores de que insistir que as pessoas trabalhem em excesso na verdade não é bom para os negócios", disse.

"Mas a minha preocupação é que em uma recessão as pessoas trabalhem mais. (...) As pessoas irão para o trabalho mesmo se estiverem doentes, pois querem mostrar comprometimento e garantir que não sejam os próximos funcionários demitidos", acrescentou.

Menina de 13 anos é presa por guardar fuzil no quarto em Londres

0

Soldados americanos com fuzis M16

O fuzil M16 é a arma mais utilizada pelas Forças Armadas americanas

Uma menina de 13 anos foi presa depois que policiais encontraram um fuzil M16 em seu quarto, em um apartamento no sul de Londres.

Segundo relatos de jornais britânicos, a batida foi realizada na tarde de terça-feira, depois de denúncia anônima, e os 15 policiais envolvidos tiveram que derrubar a porta do quarto da adolescente.

O The Daily Mail informou que os investigadores acreditam que a menina escondeu a arma em uma tentativa de proteger o irmão mais velho, que faz parte de uma gangue.

A Polícia Metropolitana de Londres confirmou que a incursão fez parte de uma iniciativa de combater a violência de gangues na região do subúrbio de Croydon.

Ainda de acordo com a polícia, a menina foi libertada após pagamento de fiança, e um jovem de 19 anos foi detido por suspeita de posse de arma de fogo.

O fuzil M16 é a arma mais usada pelas Forças Armadas dos Estados Unidos.

A arma encontrada no quarto da adolescente está sendo analisada por especialistas, mas a polícia diz acreditar que se trata de uma réplica.

Homens mais altos 'ganham mais', diz estudo

0

Executivo no centro financeiro de Londres (arquivo)

Estudo observou diferenças pela altura, mas não pelo peso

Um estudo feito por cientistas australianos indicou que homens mais altos levam vantagens quando o assunto é salário.

Uma pesquisa feita com 7 mil pessoas concluiu que 5 cm a mais de altura equivalem a um adicional no salário de cerca de 950 dólares australianos - quase R$ 1,5 mil - por ano.

É quase igual ao aumento por um ano a mais de experiência, afirmaram os autores do estudo.

A pesquisa foi conduzida na Austrália, considerando a altura média de um homem de 1,77 m.

"Nossas estimativas sugerem que se este homem tivesse 1,82 m ganharia cerca de 1,5% a mais", afirmaram os autores do estudo, os economistas Andrew Leigh, da Universidade Nacional Australiana, e Michael Kortt, da Universidade de Sydney.

"É quase igual ao ganho de salário por um ano a mais de experiência."

Para os cientistas, a explicação para este fato pode estar ligada ao "respeito" que pessoas mais altas despertam em outros indivíduos, ou na confiança advinda de uma vantagem inicial em atividades sociais e esportivas durante a infância e adolescência.

A pesquisa australiana reforça conclusões semelhantes sobre a relação entre altura e salário em pesquisas feitas em outros mercados de trabalho, como os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e o Brasil.

Mas à diferença do que se observa em outros países - Alemanha e EUA, por exemplo -, os pesquisadores não observaram relação entre salário e o índice de massa corporal, o indicador que mede se um indivíduo está dentro, acima ou abaixo do peso, ou se é obeso.

"Não detectamos punição salarial por estar acima do peso ou obeso no mercado de trabalho australiano."

Leigh e Kortt disseram que esta discrepância pode ser explicada pela falta de homogeneidade nas estatísticas ou por uma diferença de atitudes em relação à obesidade nos diferentes mercados de trabalhos.

A pesquisa também avaliou a relação entre a altura e salário entre mulheres, mas o efeito, ainda que existente, foi considerado demasiado pequeno.

Segundo Leigh e Kortt, um adicional de 1,5% no salário das mulheres só é verificado entre aquelas com cerca de 10 cm a mais de altura.

Capacidade mental começa a diminuir aos 27 anos, diz estudo

0

Cérebro (arquivo)

A pesquisa sugere que a capacidade mental atinge o auge aos 22 anos

Uma pesquisa de cientistas americanos sugere que a capacidade mental de uma pessoa começa a deteriorar aos 27 anos, marcando o início do processo de envelhecimento.

Timothy Salthouse, da Universidade de Virgínia, descobriu que raciocínio, agilidade mental e visualização espacial entram em declínio perto dos 30 anos de idade, depois de chegar ao auge aos 22.

Ele acredita que tratamentos que têm o objetivo de amenizar o processo de envelhecimento deveriam começar mais cedo.

O estudo, publicado na revista Neurobiology of Aging, foi feito ao longo de sete anos e incluiu 2 mil pessoas saudáveis com idades de 18 e 60 anos.

Os participantes tiveram que resolver quebra-cabeças, lembrar-se de palavras e detalhes de histórias, além de identificar padrões em grupos de letras e símbolos.

Os testes são os mesmos já utilizados por médicos para procurar sinais de demência.

Em nove dos 12 testes realizados, a média de idade dos indivíduos que tiveram o melhor desempenho foi de 22 anos.

A idade em que se observou uma piora marcante no desempenho dos participantes em testes de agilidade mental, raciocínio e habilidade para resolver quebra-cabeças visuais foi 27.

Funções como a memória ficaram intactas até os 37 anos, em média, e as habilidades baseadas no acúmulo de informações, tais como desempenho em testes de vocabulário e conhecimentos gerais, aumentaram até os 60 anos de idade.

Segundo Salthouse, os resultados sugerem que "alguns aspectos do declínio da função cognitiva em adultos com boa saúde e nível de instrução começam aos 20 e poucos ou 30 e poucos anos".