segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Nelsinho pede desculpas e diz não temer rejeição de pilotos da F-1

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O piloto brasileiro Nelsinho Piquet falou pela primeira vez sobre a armação do Grande Prêmio de Cingapura do ano passado, quando bateu de forma proposital para favorecer seu então companheiro de Renault, o espanhol Fernando Alonso. Em entrevista à TV Globo, ele pediu desculpas "por ter magoado muita gente" com o ocorrido.

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Nelsinho Piquet falou pela primeira vez sobre a armação no GP de Cingapura do ano passado



"Primeiro de tudo eu gostaria de pedir desculpas para o povo brasileiro. Sei que magoei muita gente, as pessoas ficaram chateadas. Quero limpar essa história e não deixar isso guardado para mim", disse Piquet. "Inicialmente precisava admitir que cometi um erro. Sei o retorno à categoria é difícil, mas nunca vou desistir do meu sonho de ser piloto de Fórmula 1"

Alvo de duras críticas por parte dos pilotos por conta da armação, Nelsinho minimizou a reação de seus ex-pares. "Ninguém que falou isso é um amigo próximo meu. Se fosse o Felipe [Massa] ou o Rubinho [Barrichello], me afetaria mais. Com quem eu preciso me preocupar em estar bem são as equipes", afirmou o brasileiro.

Nelsinho Piquet também deu mais detalhes sobre como foi combinada a armação do GP de Cingapura. Ele revelou que alguns dias antes foi chamado para uma reunião com Flavio Briattore, ex-chefe da equipe, e Pat Symonds, ex-engenheiro. "Foi tudo muito rápido. Nunca tinha tido uma reunião com os dois juntos em uma mesma sala."

"Ele lembraram de uma batida em que fui favorecido [no GP da Alemanha] para dar a entender o que estavam tramando. Eles foram dando a ideia na conversa, falaram que ajudaria a equipe e a minha situação naquele momento. Então aceitei. Me pediram para bater na 14ª volta e tinha de ser naquela curva especifica", explicou.

O brasileiro voltou a disparar contra seu ex-chefe, Flavio Briattore, que acabou sendo banido da F-1 pelo ocorrido e até mesmo chegou a insinuar que Nelsinho tinha um caso homossexual na Europa. "Ele fez cena [ao lamentar a batida]. Depois, feliz com a vitória do Alonso, bateu nas minhas costas como uma forma de me agradecer."

"Os ataques pessoais vieram por conta do desespero dele. É um amigo de família e ele só falou isso, pois não achou outra forma de me ofender", completou Piquet.

O piloto ainda revelou que não foi ele que falou sobre a história ao seu pai, o tricampeão de F-1 Nelson Piquet, e negou que tenha pensado na armação. "Seria tão duro contar isso para meu pai que nem mesmo fui eu que falei. Sabia o quanto tinha errado. Não estava com cabeça para dizer não no momento, como poderia inventar algo assim?"

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