segunda-feira, 14 de junho de 2010

Após queixas, organização da Copa estuda proibir vuvuzelas nos estádios.

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Barulho das vuvuzelas é comparado ao de milhares de abelhas

A organização da Copa do Mundo na África do Sul está considerando proibir o uso das vuvuzelas dentro dos estádios por conta do barulho que os instrumentos fazem.

O presidente do comitê organizador do evento, Danny Jordaan, disse que recebeu queixas de profissionais que transmitem os jogos e até torcedores individuais nas arquibancadas.

O constante e estridente zumbido dos instrumentos tem abafado os tradicionais sons associados aos jogos de futebol, como os cânticos das torcidas.

Questionado pela BBC se a organização poderia proibir as vuvuzelas por conta disso, Jordaan disse que sim.

"Se tivermos algum fundamento para fazê-lo, sim", respondeu o organizador. "Já dissemos que se alguma vuvuzela for jogada no campo em um rompante de raiva, vamos tomar uma atitude."

Enxame gigantesco

O capitão do time francês, Patrice Evra, culpou o ruído das vuvuzelas – que tem sido comparado ao som de milhares de abelhas juntas – pelo desempenho insatisfatório do seu time na estreia contra o Uruguai na sexta-feira. O jogo terminou sem gols.

"Nós (os jogadores) não conseguimos nos comunicar em campo por causa das vuvuzelas", disse Evra.

"Não conseguimos dormir à noite por causa delas. As pessoas começam a tocá-las desde as 6h da manhã."

Jordaan admitiu que o barulho das vuvuzelas é irritante, mas afirmou que a organização tem tomado medidas para minimizar o seu efeito.

"Tentamos colocar alguma ordem na coisa. Pedimos que as vuvuzelas não sejam tocadas durante os hinos nacionais ou anúncios nos estádios. É difícil mas estamos tentando gerenciar da melhor maneira possível."

O coordenador disse que preferiria que os torcedores, em vez de tocar as vuvuzelas, cantassem.

"(Cantar) sempre gera um clima maravilhoso nos estádios", disse. "Nos dias da luta contra o apartheid nós cantávamos. Em toda a nossa história foi a nossa capacidade de cantar que nos inspirou e nos permitiu expressar nossas emoções."

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