segunda-feira, 29 de junho de 2009

Banco Central: endividamento das famílias atinge quase 35% da renda

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SÃO PAULO - Reflexo do desenvolvimento do mercado de crédito no Brasil, o endividamento das famílias atingiu 34,8% da renda em março deste ano, de acordo com o Relatório da Inflação do Banco Central, divulgado nesta sexta-feira (26).

O endividamento das famílias foi estimado como a razão entre o estoque da dívida em um dado período e a renda média dos últimos quatro trimestres. O dado mostra crescimento do endividamento de 2,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior e de 8,1 pontos percentuais nos últimos 12 meses.

O BC revela que o aumento representativo do nível de endividamento ao longo dos últimos anos é um movimento associado ao próprio desenvolvimento do mercado de crédito, que era incipiente antes da estabilidade macroeconômica.

Comprometimento da renda
A pesquisa ainda revelou que o nível de comprometimento da renda com o serviço da dívida (juros mais amortização) atingiu 25,3% em março, recuando 0,8 ponto percentual no trimestre e registrando aumentos de 0,9 ponto percentual em 12 meses e de 2,8 pontos percentuais em dois anos.

`O comprometimento da renda decresceu entre o segundo trimestre de 2006 e o primeiro trimestre de 2007, quando a elevação dos prazos e a redução das taxas de juros compensaram a expansão do volume de crédito. A partir de meados de 2007, o indicador passou a registrar crescimento, justificado principalmente pela expansão acelerada dos saldos`, diz o relatório.

Ao longo de 2008, por sua vez, esse crescimento se acentuou, mas em 2009 já se observa um declínio explicado pela redução das taxas de juros.

`A parcela referente ao principal (da dívida) mantém estabilidade ao longo dos últimos dois anos, o que indica que os saldos respondem mais lentamente aos arrefecimentos nas concessões e no alongamento dos prazos. Comportamento diverso apresenta o comprometimento de juros, o qual apresentou expansão, interrompida apenas no início de 2009, refletindo os impactos da política monetária sobre os juros bancários nesse período`, conclui o documento.
Fonte: Infomoney

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