quarta-feira, 24 de junho de 2009

Consumidor seria beneficiado com uso compartilhado de máquinas de cartões

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por Gladys Ferraz Magalhães

SÃO PAULO - A falta de compartilhamento de rede para as transações realizadas com cartões de débito e crédito prejudicam não só lojistas e novas operadoras que gostariam de entrar neste mercado, mas também o consumidor.

Durante debate realizado pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado nesta terça-feira (23), sobre a regulamentação de cartões de crédito e débito no Brasil, a ausência de uma rede comum foi apontada como um dos principais fatores para o alto custo do serviço no mercado brasileiro, já que as transações de cada bandeira têm de ser realizadas em terminal próprio, cujo aluguel é pago pelo lojista.

Tal fato, entre outros, segundo explica o chefe do Departamento de Operações Bancárias e de Sistemas de Pagamentos do Banco Central, José Antonio Marciano, faz com que o comerciante não possa diferenciar o preço à vista e a prazo para o consumidor.

Taxas
De acordo com estudo feito pelo Banco Central, as taxas cobradas dos lojistas pelas operadoras variam de 1,6% a 5% do valor das vendas. O menor valor diz respeito aos pagamentos feitos com cartões de débito; já as taxas dos de crédito ficam entre 2,9% e 5%.

Ainda segundo o diagnóstico do Banco Central, conforme publicado pela Agência Senado, a forte integração vertical no processo de credenciamento dos lojistas, com uma única empresa responsável pelo fornecimento de serviços de rede e terminais para efetuar, processar e compensar as transações realizadas por meio dos cartões, também contribui para o custo elevado do serviço, já que, como resultado, há a imposição de preços aos comerciantes.

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